Referência da literatura infantil russa, Eduard Uspensky morre aos 80 anos
Os russos choram nesta quarta-feira a morte de Eduard Uspensky, um dos autores infantis mais conhecidos da Rússia e da antiga União Soviética, que morreu na noite desta terça (14) aos 80 anos, após uma longa batalha pela vida.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, expressou sua tristeza aos familiares e fãs do autor. O primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, lembrou que muitos citam frases dos livros de Uspensky sem perceber isso. Já o ministro da Cultura da Rússia, Vladimir Medinsky, ressaltou que a obra do autor é um autêntico "abecedário da vida".
O estúdio de animação Sojusmultfilm, que deu vida a muitos personagens de Uspensky, destacou que o talentoso autor criou personagens "realmente queridos e memoráveis" tanto para crianças quanto para adultos. O compositor Grigori Gladkov, por sua vez, declarou que Uspenski era um "grande visionário" e um "idealista", que sempre lutava pela verdade. Nas redes sociais são inúmeras as mensagens de internautas lamentando a perda.
Engenheiro de formação, Uspensky publicou em 1973 o seu primeiro livro, "Tio Fedya, seu cão e seu gato" (em tradução livre), que narra as andanças de uma criança de seis anos que ganha o apelido de "tio Fedya" pela personalidade responsável.
Ele produziu dezenas de outros títulos, entre eles, "Crocodilo Gene e seus amigos", que tinha Cheburashka, um entranho boneco orelhudo de origem desconhecida que depois virou mascote da Rússia na Olimpíada de Atenas, em 2004.
O próprio Uspensky, cuja obra foi traduzida para mais de 20 idiomas, descrevia os seus trabalhos como "sermões". Assim, o relato sobre o crocodilo Gena, "é um sermão sobre os animais, membros de pleno direito na comunidade da Terra", enquanto tio Fedya "é um sermão sobre a necessidade de conceder mais liberdade de expressão para as crianças".
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