Morre Celeste Rodrigues, a fadista em atividade mais antiga de Portugal
Lisboa, 1 ago (EFE).- A fadista Celeste Rodrigues, irmã de Amália Rodrigues, morreu nesta quarta-feira em Lisboa aos 95 anos de idade, depois de ser uma das cantoras mais conhecidas deste gênero quer, inclusive, seduziu com sua voz a estrela do pop Madonna, que conheceu há poucos meses.
A morte da "fadista mais antiga de Portugal", como era conhecida, foi anunciada hoje nas redes sociais por seu neto Diogo Varela Silva.
"É com um enorme peso no coração, que vos dou a notícia da partida da minha Celestinha, da nossa Celeste. Hoje deixou uma vida plena do que quis e sonhou", ressaltou o neto na mensagem, publicada no Facebook.
Sua irmã Amália era considerada a "rainha do fado" e o rosto mais popular deste gênero musical, mas Celeste Rodrigues foi também uma grande embaixadora, pois levou o estilo para teatros de todo o mundo.
Nascida na cidade de Fundão, no centro de Portugal, em 14 de março de 1923, Maria Celeste Rebordão Rodrigues iniciou sua carreira musical com pouco mais de 20 anos, após aceitar a proposta de um empresário português dono de vários teatros e casas de fado.
Entre os temas mais conhecidos de seu repertório estão "A Lenda das Algas" e " Fado das Queixas".
Um dos momentos mais marcantes de sua carreira ocorreu em 2007, quando apresentou o álbum "Fado Celeste", editado na Holanda e que reúne fados tradicionais e inéditos com letras de autores contemporâneos.
Em 2012, Celeste foi condecorada com a distinção de Comendadora da Ordem do Infante D. Henrique, a mais importante de Portugal.
Até poucas semanas antes de morrer, Celeste continuava brindando o público com seus fados no Café Luso do Bairro Alto, no centro de Lisboa.
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