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James Cameron apoia Belfast na aquisição de peças pertencentes ao Titanic

Titanic - Reprodução
Titanic
Imagem: Reprodução

Em Dublin (Irlanda)

24/07/2018 11h28

O diretor americano James Cameron, de "Titanic", deu seu apoio às autoridades da Irlanda do Norte para tentar comprar uma coleção de mais de 5,5 mil peças do navio que afundou de seu atual proprietário, que declarou falência.

O Governo de Belfast está disposto a investir 14 milhões de libras (15,7 milhões de euros) nesta tentativa através da campanha "Projeto de Resgate" que foi apresentada nesta terça-feira. Além de Cameron, à campanha se somaram também Bob Ballard, que descobriu em 1985 o local exato do naufrágio do navio após anos de expedições.

Cameron explicou que sua adesão ao projeto, através da Fundação Aliança Avatar, é fruto da "profunda responsabilidade" perante o navio transatlântico, construído nos estaleiros de Belfast.

A construção, a história de Belfast e o afundamento do navio, que provocou 1.517 mortes, podem ser conhecidos no moderno centro Titanic Belfast, que tem a forma de quatro proas, todas da mesma altura da autêntica embarcação.

Depois de manter encontros durante no ano passado na sede da publicação National Geographic em Nova York, que arrecadou também fundos, Cameron, Ballard e o centro Titanic Belfast iniciaram um plano para "adquirir e repatriar" a coleção.

"Uma das nossas preocupações era que a coleção se separasse, que fosse vendida a compradores privados se os tribunais que tramitam a falência permitirem à empresa vender peça a peça", diz Cameron em comunicado.

Na sua opinião, os artefatos pertencem ao "patrimônio mundial" e são uma "parte incrível de história", por isso que seria uma lástima que acabassem em mãos privadas, fora da vista dos cidadãos. "Desde o momento queremos transformar a ideia em um sonho, mas acho que temos grandes possibilidades (de torná-lo realidade)", destacou Cameron, que opinou que o regresso da coleção impulsionaria a economia e o turismo da Irlanda do Norte.

O centro Belfast Titanic, lembra, já se transformou desde a sua abertura em 2012 em uma "atração turística conhecida no mundo todo: "Não conheço um lugar melhor para a maioria dos artefatos".

"Um se sente responsável porque se quer informar sua história adequadamente, para honrar os falecidos e a tragédia. Visitei o lugar do naufrágio (em 1995) para rodar Titanic, mas saí com a sensação que o propósito era maior, que é contar a história por qualquer meio. Uma vez que o Titanic entra na sua vida, já não sai facilmente ", diz Cameron.

A prezada coleção está em mãos de uma empresa americana que declarou falência recentemente.

O Museu Marítimo Nacional, Museus Nacionais da Irlanda do Norte, a Fundação Titanic e o centro Titanic Belfast acreditam que a iniciativa sirva para "preservar o legado" do famoso navio, cuja viagem inaugural a Nova York foi interrompida na madrugada de 15 de abril de 1912 após se chocar com um iceberg diante do litoral de Terranova.