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Unesco declara conjunto arqueológico Medina Azahara como Patrimônio Mundial

01/07/2018 13h33

Manama, 1 jul (EFE).- O conjunto arqueológico de Medina Azahara, situado na cidade de Córdoba, no sul da Espanha, foi declarado neste domingo Patrimônio da Humanidade pela Unesco, cujo comitê se reuniu em Manama, a capital do Bahrein.

O comitê de Patrimônio Mundial da Unesco incluiu na lista de lugares culturais protegidos a cidade de Medina Azahara, que foi construída durante o período do domínio do Califado Omíada na Península Ibérica, em um debate no qual não houve objeções e no qual vários países como Noruega, Brasil e França parabenizaram a Espanha pelo expediente apresentado.

O Conselho Internacional de Monumentos e Lugares, também conhecido como ICOMOS, recomendou ao início da sessão que o nome do lugar seja modificado para "a cidade califal de Madinat al Zahara", com o objetivo de manter seu nome histórico.

Entre outros pontos, o Conselho pediu que seja atualizado e aprovado o plano de operações para Medina Azahara com a intenção de garantir a preservação do sítio arqueológico.

Após a nomeação da única candidatura espanhola apresentada neste ano, a embaixadora-delegada permanente da Espanha na Unesco, María Teresa Lizaranzu, afirmou que esta declaração é "um reconhecimento do trabalho conjunto do Ministério, da Junta de Andaluzia, da Prefeitura (de Córdoba) e ao grande esforço na gestão e conservação".

Lizaranzu disse que Medina Azahara é "um exemplo único de cidade califal dentro do universo europeu e é parte do nosso legado de Al Andalus do qual temos muito orgulho".

Com essa decisão, a Espanha se torna o terceiro país do mundo com mais lugares inscritos na lista da Unesco, à frente da França.

Medina Azahara abriga as ruínas de uma cidade fundada pelo primeiro califa de Al Andalus, Abd ar-Rahman III, da dinastia Omíada, no ano 936, sete anos depois de proclamar o Califado de Córdoba.

Os vestígios da cidade califal, que incluem edifícios, infraestruturas e objetos de decorações, permaneceram enterrados durante mil anos, até que foram descobertos no início do século XX nos arredores da Córdoba atual.

A reunião do Comitê de Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) continua até o próximo dia 4 de julho em Manama.