Pontos turísticos famosos da França são fechados devido a greve
Paris, 19 jun (EFE).- Alguns dos principais pontos artísticos e monumentos da França, como o Museu de Orsay, o Arco do Triunfo e o Palácio de Versalhes, fecharam suas portas ao público nesta terça-feira devido a uma greve dos seus funcionários que denunciam que o Estado quer "se desfazer" deles.
Cinco sindicatos (CGT-Culture, CFTC-Culture, CNAC-FSU, Sud Culture y UNSA-Culture) convocaram a greve de funcionários contra uma reforma do Ministério da Cultura com a qual 1.500 trabalhadores passarão a receber diretamente destes centros e não do Ministério, como acontecia até agora.
As organizações sindicais apontaram hoje em comunicado que o projeto significa "um novo abandono do Estado", denunciam uma "lógica empresarial" e a "deriva comercial dos estabelecimentos públicos".
O plano do Ministério começará a ser aplicado progressivamente a partir de 1º de janeiro de 2019 e se estenderá a outros centros em 2021.
Os museus afetados são o de Orsay, L'Orangerie, Versalhes (nos arredores da capital) e os estabelecimentos que dependem do Centro de Monumentos Nacionais em diferentes pontos do país, como o Castelo de Vincennes, o Panteão de Paris, as torres da catedral de Notre-Dame e o Arco do Triunfo.
Os sindicatos, que lembraram que um projeto similar afetou o museu do Louvre e a Biblioteca Nacional com François Mitterrand em 2003 e que o de agora é um prolongamento do mesmo, prometem continuar com as mobilizações a partir de 20 de junho.
O Ministério da Cultura defendeu na imprensa que o texto tenta evitar uma dupla gestão e promete que não afetará o estatuto da função pública dos trabalhadores.
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