Morre aos 92 anos o pintor português Júlio Pomar
Lisboa, 22 mai (EFE).- O pintor e artista plástico Júlio Pomar, uma das principais figuras da arte portuguesa contemporânea e do neorrealismo luso, morreu nesta terça-feira em Lisboa aos 92 anos, segundo informaram meios de comunicação portugueses.
Pomar, que morreu no Hospital da Luz Lisboa, possui uma vasta obra na qual se destacam suas pinturas, esculturas, gravuras, ilustrações, textos - de ensaios a poemas - e até mesmo vários fados.
Nascido em Lisboa em 1926, poucos meses antes do golpe de Estado que acabaria estabelecendo um regime ditatorial em Portugal que durou quase meio século, Pomar dedicou ao ativismo político e social a primeira etapa da sua obra.
Suas reivindicações lhe levaram inclusive a ser detido pela polícia política do regime e passar quatro meses em uma cela junto com aquele que depois seria um dos principais protagonistas da democracia, o ex-presidente Mário Soares, falecido em 2017.
Na década de 1960 se mudou para Paris por razões pessoais e sua obra começou a afastar-se do protesto político e do neorrealismo para se aproximar de uma arte mais figurativa, sob a influência da pintura europeia do pós-guerra.
Pomar retornou à capital portuguesa 20 anos depois, embora tenha passado o resto da sua vida entre Lisboa e Paris.
A obra de Pomar está exposta em Portugal, França, Reino Unido, Espanha e Brasil, entre outros países.
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