Wim Wenders dá voz cinematográfica ao papa Francisco em Cannes
Cannes (França), 13 mai (EFE).- O diretor alemão Wim Wenders aproxima o papa Francisco de uma audiência mundial e cinematográfica em um documentário que exibe as ideias do pontífice em primeira pessoa e adentra tanto no seu papel oficial como nas suas crenças como pessoa.
"Pope Francis: A man of his word", projetado neste domingo dentro das Sessões Especiais do Festival de Cannes, obteve um acesso sem precedentes a Francisco e a imagens exclusivas dos arquivos do Vaticano sobre suas várias viagens.
"Sinto muito que o protagonista não tenha podido vir", brincou o diretor na apresentação do filme, na qual o papa se expressa aparentemente confortável com a câmera tanto sobre mudança climática como sobre os perigos do consumismo.
Em pouco mais de uma hora e meia deixa claro que, desde a sua escolha no conclave de 2013, a atenção do seu pontificado para os pobres não mudou.
Jesus, segundo diz, não está em uma igreja que ponha sua esperança na riqueza, que, em sua opinião, sempre foi "a grande tentação dos cristãos".
Mais que uma biografia, o filme serve para repassar o pensamento de um homem que não tem problemas em reivindicar uma "tolerância zero contra a pedofilia" ou em defender a causa feminista, consciente de que "um mundo sem a contribuição da mulher não pode seguir adiante".
O documentário acompanha o papa em viagens como ao memorial Yad Vashem, em Jerusalém, ao campo de refugiados de Moria, na ilha grega de Lesbos, ou a centros de detenção, nos quais é mostrado pregando com o exemplo.
"O papa não tem outra arma que a sua palavra", destacou o cineasta, que neste mesmo festival, entre outros prêmios, venceu em 1984 a Palma de Ouro por "Paris, Texas".
Wenders estabelece um paralelismo constante entre o pontífice e São Francisco de Assis, o padroeiro dos pobres de quem tomou o nome, e sustenta que, como ele, o papa conseguiu com que a Igreja se mova.
O filme apresenta seu trabalho, suas reformas e suas respostas a questões de atualidade como a desigualdade econômica ou a crise migratória e a integração dos refugiados: "As diferenças nos dão medo porque nos fazem crescer", destaca o papa no filme.
Wenders, de 72 anos, oferece ao espectador certa sensação de intimidade com o pontífice, e, como muitos católicos, parece ter se rendido ao papa, a quem louva por cumprir sua palavra em uma época na qual, segundo ressaltou hoje, "até mesmo a verdade se transformou em uma espécie ameaçada".
"Pope Francis: A man of his word", projetado neste domingo dentro das Sessões Especiais do Festival de Cannes, obteve um acesso sem precedentes a Francisco e a imagens exclusivas dos arquivos do Vaticano sobre suas várias viagens.
"Sinto muito que o protagonista não tenha podido vir", brincou o diretor na apresentação do filme, na qual o papa se expressa aparentemente confortável com a câmera tanto sobre mudança climática como sobre os perigos do consumismo.
Em pouco mais de uma hora e meia deixa claro que, desde a sua escolha no conclave de 2013, a atenção do seu pontificado para os pobres não mudou.
Jesus, segundo diz, não está em uma igreja que ponha sua esperança na riqueza, que, em sua opinião, sempre foi "a grande tentação dos cristãos".
Mais que uma biografia, o filme serve para repassar o pensamento de um homem que não tem problemas em reivindicar uma "tolerância zero contra a pedofilia" ou em defender a causa feminista, consciente de que "um mundo sem a contribuição da mulher não pode seguir adiante".
O documentário acompanha o papa em viagens como ao memorial Yad Vashem, em Jerusalém, ao campo de refugiados de Moria, na ilha grega de Lesbos, ou a centros de detenção, nos quais é mostrado pregando com o exemplo.
"O papa não tem outra arma que a sua palavra", destacou o cineasta, que neste mesmo festival, entre outros prêmios, venceu em 1984 a Palma de Ouro por "Paris, Texas".
Wenders estabelece um paralelismo constante entre o pontífice e São Francisco de Assis, o padroeiro dos pobres de quem tomou o nome, e sustenta que, como ele, o papa conseguiu com que a Igreja se mova.
O filme apresenta seu trabalho, suas reformas e suas respostas a questões de atualidade como a desigualdade econômica ou a crise migratória e a integração dos refugiados: "As diferenças nos dão medo porque nos fazem crescer", destaca o papa no filme.
Wenders, de 72 anos, oferece ao espectador certa sensação de intimidade com o pontífice, e, como muitos católicos, parece ter se rendido ao papa, a quem louva por cumprir sua palavra em uma época na qual, segundo ressaltou hoje, "até mesmo a verdade se transformou em uma espécie ameaçada".
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