Arqueólogas iniciam estudo da ilha escocesa chamada de "Egito do norte"
Edimburgo (Reino Unido), 20 abr (EFE).- Uma equipe internacional de arqueólogas iniciou o maior projeto de pesquisa na ilha escocesa de Rousay, conhecida como "Egito do norte", onde foram identificados mais de cem locais arqueológicos, que poderiam revelar informações sobre o período neolítico no Reino Unido.
A iniciativa implementada nesta pequena ilha, a maior do arquipélago de Órcades, situadas no nordeste da Escócia, é liderada pelo centro alemão Deutsches Archaologisches Institut Romisch-Germanische Kommission (DAI) de Berlim e a University of the Highlands and Islands (UHI) da Escócia.
Os achados feitos em Rousay incluem mais de cem locais arqueológicos, dos quais só foi estudada uma pequena parte e nos quais foram encontrados Crannógs, edificações típicas dos lagos da Escócia e da Irlanda, bem como restos de barcos vikings e de uma mansão.
Segundo apontaram os especialistas, em conjunto com o projeto "Boyne to Brodgar", centrado em estudar o período neolítico na Irlanda, na Escócia e na Ilha de Man, a pesquisa em Rousay "contribuirá para compreender as pessoas neolíticas, seus monumentos e suas interações na Grã-Bretanha e na Irlanda".
Nesta primeira fase, os trabalhos de campo irão durar duas semanas e posteriormente os resultados serão analisados pelo instituto de arqueologia da UHI.
Em um comunicado, a professora Jane Downes, diretora deste instituto, afirmou que para obter resultados, será utilizada "uma tecnologia geofísica de vanguarda" proporcionada pela equipe do centro alemão.
"Este trabalho é parte de uma série de projetos que acontecerão na ilha durante as próximas duas semanas, incluído a Oficina da Porta ao Atlântico que reunirá arqueólogas que trabalham na erosão costeira, na mudança climática e no patrimônio no Atlântico Norte e no Ártico", disse.
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