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Autoridades americanas não acusarão ninguém pela morte de Prince

22.nov.2015 - Cantor Prince apresenta o prêmio de melhor artista Soul/R&B no American Music Awards, premiação da música americana - Kevin Winter/Getty Images/AFP
22.nov.2015 - Cantor Prince apresenta o prêmio de melhor artista Soul/R&B no American Music Awards, premiação da música americana Imagem: Kevin Winter/Getty Images/AFP

Los Angeles (EUA)

19/04/2018 18h07

O escritório do procurador do condado de Carver, no Estado do Minnesota, anunciou nesta quinta (19) que não apresentará acusações contra ninguém pela morte do cantor americano Prince.

Mark Metz, procurador do condado, afirmou à imprensa que, após completar quase dois anos de investigação, não existem "provas suficientes" para embasar ações legais pela morte do artista.

Um dos grandes astros pop dos últimos 40 anos, autor de discos como "Purple Rain" (1984) e "Sign o' The Times" (1987), Prince morreu em 21 de abril de 2016, aos 57 anos, por uma overdose acidental causada pelo consumo de fentanil, um potente opiáceo.

Após encerrar a investigação, as autoridades admitiram não ter conseguido determinar como o fentanil chegou às mãos de Prince, já que o músico não tinha prescrição médica, levantando a hipótese de que o cantor teria morrido ao consumir por engano um medicamento Vicodin falso que, na realidade, continha fentanil.

"Infelizmente, as pastilhas de Vicodin falso [encontradas na casa de Prince] eram uma imitação exata das pastilhas de Vicodin real", disse Metz.

O procurador Mark Metz faz anúncio à imprensa - Jim Mone/AP Photo - Jim Mone/AP Photo
O procurador Mark Metz faz anúncio à imprensa
Imagem: Jim Mone/AP Photo

"Nada nas provas sugere que Prince ingeriu fentanil conscientemente", afirmou o procurador, que acrescentou que ninguém de seu círculo sabia que o músico tinha este potente analgésico.

As autoridades também não encontraram indícios de que o Vicodin falso que matou Prince tivesse sido prescrito por um médico nem encontraram pistas sobre quem poderia tê-lo fornecido.

"Não há dúvida de que as ações de pessoas a seu redor serão criticadas e questionadas nos próximos dias, mas as suspeitas ou insinuações são categoricamente insuficientes para apoiar a apresentação de acusações", destacou o procurador.

O tanil é um opiáceo "entre 30 e 50 vezes mais potente que a heroína e entre 50 e 100 vezes mais potente que a morfina", detalhou Metz.

As autoridades encontraram várias pastilhas de Vicodin na residência de Prince e assinalaram que "parte significativa" delas não estava em recipientes originais.

O procurador também esclareceu o papel do médico Michael Todd Schulenberg, que tratou Prince durante as semanas anteriores à morte e que hoje chegou a um acordo com as autoridades federais. Ele pagará multa de US$ 30 mil e não será acusado judicialmente.

Schulenberg examinou Prince e forneceu pastilhas de Percocet, que, segundo a investigação, não tiveram relação com a morte do artista.

As pastilhas de Percocet foram receitadas em nome de Kirk Johnson, agente de Prince, para proteger a privacidade do músico.