Javier Bardem diz que trabalharia com Woody Allen, acusado de assédio
Javier Bardem aceitaria trabalhar com Woody Allen, acusado de abusos sexuais por sua filha adotiva Dylan, se o papel oferecido lhe interessasse, disse o ator em entrevista ao site do jornal "Le Parisien", por ocasião da estreia na França de seu novo filme, "Loving Pablo".
"Não me considero ninguém para dizer se Woody Allen é culpado ou não. Do ponto de vista da Justiça, a situação é exatamente a mesma que quando trabalhei com ele em 2007", para "Vicky Cristina Barcelona", destacou Bardem.
Para o ator, o movimento de denúncia de assédio sexual "#MeToo" é "formidável", embora tenha ressaltado que "é preciso ser prudente" com julgamentos públicos.
Por outro lado, Bardem, considerado um dos atores espanhóis mais bem-sucedidos, afirmou que "na Espanha as pessoas só se interessam por futebol".
"Na Espanha, quando você diz que é artista, te olham como se tivesse feito algo ruim. As pessoas só se interessam por futebol", declarou Bardem, que no novo filme de Fernando León de Aranoa encarna o narcotraficante colombiano Pablo Escobar.
Bardem também a percepção diferente da cultura na França em relação à Espanha depois que sua esposa, Penélope Cruz, recebeu no último mês de março o César honorário por sua carreira, o maior reconhecimento do cinema francês.
"A França dá valor à sua cultura, à sua identidade, à sua indústria", ressaltou o ator, que acrescentou que quando retornaram a Madri depois de receber o prêmio em Paris "ninguém dedicou uma palavra ao César de Penélope."
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