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Artistas montam peça sobre Trump preso no hotel dele em Nova York

Trump aparece cercado de ratos e por trás das grades em seu próprio hotel - Divulgação
Trump aparece cercado de ratos e por trás das grades em seu próprio hotel Imagem: Divulgação

31/03/2018 17h59

O grupo Indecline transformou um quarto do "Trump International Hotel and Tower", em Manhattan, em uma peça em que ataca o presidente americano. A instalação consiste em um artista imitando o presidente americano sentado em uma cela minúscula, usando boné e gravata vermelhos, um par de algemas e vários ratos vivos. O protesto foi divulgado neste sábado (31) pela imprensa americana.

Sete integrantes do grupo, que ganhou fama em 2016 depois de instalar, durante a campanha eleitoral, estátuas de tamanho real e totalmente nuas do agora presidente dos Estados Unidos, entraram no hotel na quinta-feira passada. De acordo com o jornal "New York Post", em uma operação no estilo "Cavalo de Troia", eles levaram em malas os materiais que precisariam para a encenação.

Os artistas, então, desfizeram a decoração da suíte e, com papel de parede, simularam uma parede de cimento rachado para depois armar a cela de 1,5m por 2,4m, segundo um vídeo divulgado pelo próprio grupo. 




Na cela, repleta de embalagens de lanches do McDonald's e um exemplar do livro "Trump: A Arte da Negociação", escrito pelo governante, estava o ator vestido de Trump, ao lado de uma foto do presidente russo, Vladimir Putin. O lugar também tinha várias obras inspiradas em bandeiras dos Estados Unidos penduradas com desenhos que davam a entender que elas foram queimadas, rabiscadas ou rasgadas, e nas quais apareciam rostos de figuras como o filósofo Noam Chomsky, o ex-boxeador Muhammad Ali e o jornalista Hunter Thompson.

O objetivo das bandeiras era "celebrar a história de ativismo e protesto dos Estados Unidos", disse um dos integrantes ao jornal nova-iorquino. De acordo com a publicação, a equipe trabalhou durante toda a noite de quinta-feira para a encenação, sem visitas inesperadas da limpeza ou outras interrupções.

No fim da montagem, o grupo convidou um grupo de jornalistas para visitar o espaço durante algumas horas da noite da sexta-feira. Em seguida, começou o trabalho para deixar o quarto tal qual ele foi encontrado.

"A parte mais divertida é que quando descobrirem o que aconteceu, vão vir correndo aqui e encontrar um quarto totalmente normal", disse um dos participantes.

A cena deve ser repetida em abril em Pasadena, na Califórnia. As bandeiras serão vendidas e o valor arrecadado irá para organizações sem fins lucrativos, segundo o "The New York Post".