Academia do Oscar diz que presidente não cometeu assédio sexual
A Academia de Hollywood afirmou que o seu presidente, John Bailey, não cometeu crimes de assédio sexual, como sustentava uma acusação contra ele revelada no último dia 16.
"O comitê determinou de maneira unânime que não precisa mais de nenhuma ação neste assunto. As pesquisas e recomendações da comissão foram comunicadas à junta, que as respaldou. John Bailey permanece como presidente da Academia", afirmou a instituição em comunicado após concluir a investigação.
Embora as primeiras informações apontassem a três acusações diferentes contra Bailey, a organização esclareceu nesta quarta-feira que só recebeu uma. No último fim de semana e através de uma nota dirigida aos funcionários da Academia, Bailey desmentiu as denúncias que pesavam sobre ele e afirmou que nunca se comportou de maneira inadequada com mulheres.
"As notícias dos meios de comunicação que descrevem várias queixas feitas à Academia sobre mim são falsas e só serviram para manchar a minha carreira de 50 anos", disse Bailey na nota.
Foi divulgado no dia 16 que a Academia de Hollywood tinha aberto uma investigação sobre Bailey por um possível caso de assédio sexual. Bailey, de 75 anos e diretor de fotografia, foi eleito presidente em agosto para suceder Cheryl Boone Isaacs.
O secretário da Academia, David Rubin, liderou a comissão que analisou as acusações.
Por causa dos vários escândalos sexuais em Hollywood e de movimentos como "Me Too" e "Time's Up", a Academia decidiu em outubro pela expulsão da instituição de Harvey Weinstein, o poderoso produtor acusado de agressão sexual por dezenas de mulheres. Além disso, a Academia, que organiza o Oscar, adotou em janeiro um novo código de conduta sobre assédio e comportamentos inadequados no local de trabalho.
A trajetória de John Bailey como diretor de fotografia inclui, entre outros, filmes "Gente Como a Gente" (1980), "Feitiço do Tempo" (1993) e "Melhor É Impossível" (1997).
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