Penélope Cruz defende greve geral de mulheres na Espanha em 8 de março
A atriz e vencedora de um Oscar, Penélope Cruz, considera existir "motivos de sobra" para a greve feminista convocada na Espanha para 8 de março, coincidindo com o Dia Internacional da Mulher, e disse ter esperança de que seja o começo de "uma mudança real".
"Há motivos de sobra. Estou totalmente de acordo e apoio", declarou a atriz à Agência Efe. "Muitas coisas estão acontecendo em nível global que realmente podem significar o princípio de uma mudança real. Isso não pode ser um caso curioso que recheou as páginas de jornais durante uns meses e depois foi esquecido".
Cruz, em plena promoção do filme "Amando Pablo", acredita que a mobilização em Hollywood, após a onda de denúncias de assédio sexual, em torno do movimento #Metoo, deve servir de alavanca para denunciar qualquer tipo de discriminação às mulheres em outros setores.
"Tudo o que saiu à luz na nossa indústria tem que ajudar, como foco, para mulheres de outras profissões e de outras indústrias que não têm microfones por perto como nós", opinou.
"É muito importante o que está acontecendo. Acredito que é mais do que simbólico e tenho esperança de que seja uma realidade para mudar para algo mais justo", acrescentou a atriz.
Javier Bardem, que interpreta o traficante colombiano Pablo Escobar, também apoia a greve. "Há que fazê-la, e há que apoiar este movimento, porque é lógico".
"A paridade salarial, a igualdade de condições trabalhistas. É anacrônico que ainda estejamos falando disto. Deveria ser óbvio, mas parece que não, por isso que é preciso relembrar o necessário: a greve de 8 de março é muito importante, é preciso apoiá-la", frisou.
Fernando León de Aranoa, diretor de "Amando Pablo" e autor de uma filmografia em que se destacam os compromissos social e politico, também se declarou a favor da mobilização de 8 de março na Espanha.
"É um coletivo com motivos para se mobilizar, e o trabalhista é um terreno onde houve e continua a existir muitas injustiças, e por isso apoiamos totalmente a greve", disse o diretor.
Para ele, vivemos "um momento histórico em que começamos a estar conscientes de que as coisas mudaram para sempre, ainda que haja muitos degraus a subir".
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