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Imigração e política marcam presença na cerimônia do Oscar

05/03/2018 00h13

Los Angeles (EUA), 4 mar (EFE).- A imigração, a política e o repúdio aos abusos sexuais em Hollywood marcaram presença na 90ª edição do Oscar, realizada neste domingo em Los Angeles.

Desde o apresentador, Jimmy Kimmel, a artistas convidados como Eugenio Derbez e Lupita Nyong'o, as reivindicações de todos os tipos protagonizaram parte do evento.

"A todos os sonhadores aí fora, estamos com vocês", disseram Lupita Nyong'o, atriz queniana nascida no México, e o paquistanês Kumail Nanjiani, como forma de apoio aos "dreamers", os milhares de jovens imigrantes ilegais que chegaram aos Estados Unidos quando crianças e que dependem da proteção do programa de Ação Diferida para Chegadas na Infância (DACA).

O mexicano Eugenio Derbez, ao apresentar a canção " Remember Me" de "Viva: A Vida é uma Festa", disse que no além não há muros fronteiriços, em alusão à polêmica proposta do presidente americano, Donald Trump, de erguer um muro entre o México e os EUA.

A cerimônia começou com o esperado monólogo de Jimmy Kimmel, que não se conteve ao falar sobre os escândalos sexuais que chocaram Hollywood nos últimos meses, tema que abordou com humor aproveitando para parabenizar o diretor mexicano Guillermo do Toro pelas indicações por "A Forma da Água".

"Fez um belo filme. E graças ao Guillermo, lembraremos para sempre deste ano como o ano em que os homens fizeram tanta besteira que as mulheres começaram a sair com peixes", brincou.

Em tom mais sério, Kimmel comentou que as denúncias sobre as atitudes do produtor Harvey Weinstein e outros supostos agressores sexuais em Hollywood já deveriam ter sido feitas há muito tempo.

"O mundo está nos olhando. Temos que dar exemplo", disse.

Kimmel também disse que em todos os lugares nos quais há luz há esperança, "exceto na Casa Branca", uma brincadeira sobre a recente renúncia da diretora de Comunicação, Hope Hicks ("hope" significa esperança em inglês).