Tatuagem já era moda há 5 mil anos, descobre museu de Londres
O Museu Britânico descobriu as primeiras tatuagens figurativas do mundo no homem de Gebelein, o que demonstra que esta prática era comum no período pré-dinástico do Egito, há mais de 5 mil anos.
O museu publica nesta quinta-feira (01) no "Journal of Archaeological Science" o estudo que situa as primeiras tatuagens da África entre os anos 3351 e 3017 a.C. (com 95,4% de probabilidade), antecipando em um milênio a data que era sabida até agora. São também as provas mais antigas desta prática num corpo feminino, segundo uma nota da instituição.
Os arqueólogos encontraram evidências de tatuagens figurativas nos corpos mumificados de um homem e uma mulher de Gebelein. O homem tem dois desenhos de animais que se sobrepõem ligeiramente no braço: um touro selvagem e um carneiro da Berbéria. A mulher tem quatro pequenas tatuagens em formato de "S", dispostas na vertical no ombro, que poderiam representar bastões utilizados em danças rituais ou um símbolo de poder e status.
A descoberta das tatuagens no homem indica que que ambos os sexos modificavam o corpo e contraria a crença de que só mulheres faziam isso, segundo o artigo.
Daniel Antoine, curador de Antropologia Física e um dos membros da pesquisa, afirmou que o achado foi possível pelo "uso dos métodos científicos modernos, como o uso do scanner CT, a datação por radiocarbono e imagens infravermelhas".
Como parte da pesquisa foram estudadas sete múmias da região do Alto Egito, a 40 quilômetros da atual Luxor e foram encontradas tatuagens em apenas dois.
Estes exemplos seriam contemporâneos às formas geométricas das tatuagens de Ötzi, a múmia alpina, e ambos seriam as tatuagens mais antigas que são conservadas e cuja descoberta expande o conhecimento desta prática na pré-história.
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