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Mais da metade das crianças entre 8 e 12 anos estão sujeitas a ameaças online

07/02/2018 15h33

Genebra, 7 fev (EFE).- Mais da metade dos menores entre 8 e 12 anos do mundo estão sujeitos a ameaças online quando utilizam plataformas digitais, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira que analisou os hábitos de 34 mil crianças de 29 países.

O relatório, elaborado pelo DQ Institute em associação com o Fórum Econômico Mundial, aponta que as crianças passam em média 32 horas semanais sozinhas na internet por entretenimento, mais tempo que na escola.

Os resultados confirmam uma associação positiva entre o tempo que passam diante de uma tela e a exposição ao assédio cibernético, o vício em videogames, os encontros marcados pela internet e os comportamentos sexuais online.

Segundo o documento, 56% das crianças entre 8 e 12 anos estão expostas a pelo menos um desafio relacionado à internet quando utilizam plataformas digitais.

Estas ameaças incluem comportamentos que também estão relacionados com o roubo de identidade digital, desinformação digital e uma empatia reduzida.

Os dados indicam que 47% dos menores da pesquisa foram vítimas de assédio cibernético no último ano.

De acordo com o estudo, nas economias emergentes as ameaças cibernéticas são mais extensas e os riscos são 33% maiores, em grande medida, devido à rápida adoção da tecnologia móvel e das plataformas digitais sem que os menores tenham recebido formação adequada.

Os autores do relatório destacaram a necessidade de "ações concretas dos governos, da indústria e da sociedade civil para ajudar os pais a combater as ameaças às quais os internautas mais jovens estão expostos".

Nesse sentido, a necessidade é "aguda" no caso das economias emergentes pelo rápido aumento da penetração da internet nesses países, que representarão 90% de todos os novos usuários da rede até 2020.

"Os jovens formam uma parte importante da sociedade informada. Serão os eleitores de amanhã e nossos futuros líderes, por isso deveria ser uma prioridade garantir que estejam mais bem equipados para enfrentar os desafios de uma vida hiperconectada", afirmou a diretora-geral do Fórum Econômico Mundial, Cheryl Martin.

Para o fundador e diretor-executivo do DQ Institute, Yuhyun Park, "desde uma idade precoce as crianças utilizam as redes sociais através dos smartphones de forma excessiva".

"Precisamos trabalhar lado a lado para ajudar nossas crianças a superar os riscos cibernéticos e se transformarem em cidadãos digitais de sucesso e responsáveis que maximizam seu potencial e minimizam estas ameaças", ressaltou Park.