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Israel acredita que Polônia modificará lei sobre o Holocausto

06/02/2018 13h30

Jerusalém, 6 fev (EFE).- Israel reiterou nesta terça-feira sua rejeição à lei polonesa que prevê penas de prisão para quem afirmar que a Polônia foi cúmplice do Holocausto ou falar de "campos de extermínio poloneses", e acredita que ela possa ser modificada antes que seja concluída a revisão do Tribunal Constitucional.

"Israel continua em comunicação com as autoridades polonesas e expressou suas reservas em relação à lei", apontou em um comunicado o Ministério das Relações Exteriores israelense.

A nota foi divulgada pouco após ser anunciado que o presidente da Polônia, Andrzej Duda, referendará a lei, embora tenha decidido enviá-la ao Tribunal Constitucional para revisar seu conteúdo e considerar se ela respeita a liberdade de expressão.

"Esperamos que durante o prazo atribuído até que as deliberações da Corte tenham terminado, poderemos acordar mudanças e correções", afirma a nota a Chancelaria de Israel.

O governo israelense considera que a legislação pode "desafiar a verdade histórica" sobre este período do século XX, em que seis milhões de judeus foram assassinados pelo regime nazista, parte deles em campos de extermínio situados na Polônia ocupada.

Israel comunicou a Varsóvia que considera que a lei pode minar a cumplicidade, direta ou indireta, de setores da sociedade polonesa nos crimes cometidos contra os judeus.

"Israel e Polônia têm a responsabilidade conjunta de investigar e preservar a História do Holocausto", conclui o comunicado israelense.