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Prêmios Rei da Espanha reconhecem jornalistas de 8 países ibero-americanos

01/02/2018 13h57

(Corrige autor do trabalho vencedor na categoria Jornalismo Digital).

Madri, 1 fev (EFE).- Comunicadores de Brasil, Argentina, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Espanha, Portugal e Venezuela venceram nesta quinta-feira os Prêmios Internacionais de Jornalismo Rei da Espanha, que reconhecem o trabalho informativo dos profissionais ibero-americanos.

Uma equipe brasileira do site da "Folha de S. Paulo", o argentino Juan Mascardi, o costa-riquenho Alexander Rivera González, a portuguesa Rute Isabel da Silva Fonseca, o colombiano Santiago Saldarriaga, o cubano Julio Batista Rodríguez e a espanhola residente na Venezuela Alicia Hernández Sánchez venceram em diferentes categorias.

Esta é a 35ª edição dos Prêmios Rei da Espanha convocados pela Agência Efe e pela Agência Espanhola de Cooperação Internacional para reconhecer o valor dos comunicadores, e nesta ocasião foram apresentados 274 trabalhos de 19 países ibero-americanos em seis categorias.

A equipe da "Folha" recebeu o prêmio na categoria de Jornalismo Digital pela série "Um Mundo de Muros", uma denúncia ao aumento das barreiras físicas que nos separam, em uma sociedade cada vez mais interconectada.

O argentino Juan Mascardi recebeu o Prêmio Ibero-Americano de Jornalismo pela crônica "Farré, o jogador que se esqueceu de fazer gols", publicada no "La Voz del Interior", um jornal de Córdoba, que conta a história de um jogador do Belgrano que marcou um gol decisivo contra o River Plate.

O escritor espanhol Fernando Aramburu venceu o Prêmio Dom Quixote de Jornalismo, na sua 14ª edição, por um artigo intitulado "Somos feitos de palavras", publicado no jornal "El Mundo", que reivindica o poder da linguagem e das palavras.

Além disso, pela primeira vez foi concedido um prêmio ao veículo de comunicação ibero-americano de maior destaque, para o espanhol "El País", fundado em 1976 como um jornal nacional, mas que nos últimos anos estendeu seu olhar para a América Latina, onde tem uma edição específica na sua versão para internet.

O prêmio na categoria de Imprensa foi para um artigo publicado pelo "The New York Times" sobre o tráfico ilegal de gasolina em Guajira, na Venezuela, redigido pela espanhola Alicia Hernández Sánchez.

Na categoria de Televisão, o vencedor foi o costa-riquenho Alexander Rivera González, pela reportagem "O país onde nunca é primavera", sobre os efeitos devastadores do furacão "Matthew" no Haiti em 2016, foi transmitida em novembro do mesmo ano pela emissora "Teletica Canal 7".

A portuguesa Rute Isabel da Silva Fonseca ganhou o prêmio de Rádio pelo programa "A alma dos Capela", transmitido pela "TSF Rádio Notícias" em janeiro de 2017 e que descreve a vida de uma família portuguesa que trabalha na fabricação de violinos cuja fama vai além do seu próprio país.

Por sua vez, o de Fotografia foi concedido ao colombiano Santiago Saldarriaga, por uma imagem intitulada "O desafio de voltar a se levantar", publicada no jornal "El Tiempo" em 9 de abril de 2017, que ilustra o estrago deixado na noite de 31 de março após uma forte enchente que deixou centenas de mortos no município de Mocoa.

O cubano Julio Batista Rodríguez recebeu o Prêmio Especial de Jornalismo Ambiental e Desenvolvimento Sustentável pela reportagem "As águas mortas do Havana Clube", publicado no portal "Periodismo de Barrio" em agosto de 2017, que denuncia os vazamentos de vinhaça da Ronera Santa Cruz, a maior destilaria de Cuba, que deixaram a costa da enseada de Chiprona sem peixes.

O grupo multinacional de construções e concessões OHL patrocina os prêmios de Imprensa, Televisão, Rádio, Fotografia e Jornalismo Digital, enquanto a Fundação Aquae patrocina o de Jornalismo Ambiental, a consultora Llorente&Cuenca o Ibero-Americano de Jornalismo e a companhia Lexus o Dom Quixote.

Tradicionalmente, o rei da Espanha entrega os prêmios a todos vencedores durante uma cerimônia em Madri.