Autópsia aponta que Tom Petty morreu por overdose acidental de opiáceos
Los Angeles (EUA), 19 jan (EFE).- O cantor americano Tom Petty, que faleceu em outubro do ano passado, aos 66 anos, morreu por uma overdose acidental de opiáceos, segundo os resultados da autópsia revelada nesta sexta-feira pela família do músico.
Dana Petty, viúva do artista, e Adria Petty, uma das suas filhas, explicaram em um comunicado divulgado no site oficial de Tom Petty que sabiam que ao músico lhe tinham prescrito medicamentos para a dor e acrescentaram que tinham "certeza", antes do resultado revelado hoje, que sua morte foi "um acidente infeliz".
Petty sofria de enfisema pulmonar, problemas no joelho e uma fratura de quadril.
As familiares de Petty afirmaram que, entre outras substâncias, o músico tomava fentanil, um potente opiáceo que também estava por trás da morte de Prince.
Este analgésico é entre 80 e 100 vezes mais potente que a morfina e entre 25 e 40 vezes mais fortes que a heroína, de acordo com o relatório de 2015 sobre narcóticos da Agência Antidrogas dos Estados Unidos (DEA, sigla em inglês).
"Apesar da sua lesão dolorosa, insistiu em manter seu compromisso com os fãs e realizou 53 shows da sua turnê com uma fratura no quadril", disseram os familiares de Petty, lembrando que isso agravou sua condição.
Além disso, eles confiam que esta autópsia pode provocar um maior debate sobre a epidemia por consumo de analgésicos que vive os Estados Unidos: "Nós entendemos que é uma saudável e necessária discussão e esperamos que este relatório ajude a salvar vidas".
O site especializado em notícias sobre celebridades "TMZ" informou que a autópsia de Petty detalha que o músico tomou, além de fentanil, outros medicamentos como oxicodona e alprazolam.
Petty, que faleceu no dia 2 de outubro do ano passado, em Los Angeles, era uma figura fundamental do rock, graças a memoráveis discos como "Tom Petty & the Heartbreakers" (1976), "Damn the Torpedoes" (1979), "Full Moon Fever" (1989) e "Wildflowers" (1994). EFE
dvp/phg
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