Site revela que Harvey Weinstein foi agredido em restaurante dos EUA
Washington, 10 jan (EFE).- O produtor de Hollywood Harvey Weinstein, apontado como responsável por dezenas de casos de agressão sexual, recebeu duas tapas no rosto, na última terça-feira, em um restaurante do estado do Arizona (Estados Unidos), de acordo com um vídeo publicado na quarta-feira no site "TMZ", especializado em notícias sobre celebridades.
Segundo o "TMZ", o fato aconteceu em um restaurante localizado dentro de um resort de luxo em Paradise Valley, uma cidade do Arizona, conhecida por seus campos de golfe.
O site afirma que o produtor, que supostamente está no Arizona recebendo tratamento para sua dependência sexual, estava desfrutando do seu jantar em um restaurante por volta das 21h (hora local) quando um homem, identificado como Steve, pediu para tirar uma foto.
Weinstein rejeitou a proposta e, uma vez que acabou de jantar, ele se levantou para sair, foi quando a agressão ocorreu.
Ainda segundo o "TMZ", o homem que tinha pedido a foto tinha bebido "bastante" e, ao ver que Weinstein deixava o restaurante, se aproximou dele e gritou: "Você é um merda pelo que você fez com aquelas mulheres".
Logo depois, enquanto o produtor tentava sair do restaurante, Steve bateu em seu rosto duas vezes.
O ataque foi gravado em vídeo pois, antes de ir atrás de Weinstein, o agressor disse para seu amigo ligar seu celular e ficar atento ao que iria acontecer.
A representante de Weinstein, Sallie Hofmeister, disse ao jornal local "The Arizona Republic", através de um e-mail, que o artigo do "TMZ" era "rigoroso", mas rejeitou fazer mais comentários.
Nas últimas semanas, vários meios de comunicação localizaram Weinstein, de 65 anos, em um centro de reabilitação chamado "The Meadows", localizado em Wickenburg (Arizona) e que tem programas para tratar do vício sexual, segundo afirma sua página na internet.
O escândalo em torno de Weinstein causou um terremoto nos EUA, incentivando inúmeras vítimas do mundo do entretenimento e da esfera política a denunciar casos de abuso e assédio sexual, inspirando o movimento "Me Too", para que as vítimas não tenham medo de falar.
Por causa de uma investigação do jornal "The New York Times" com testemunhos de várias supostas vítimas, cerca de 80 mulheres já acusaram Weinstein de assédio e agressão sexual.
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