Arqueólogos encontram complexo administrativo do Império Antigo no Egito
Cairo, 11 jan (EFE).- Uma missão arqueológica dos Estados Unidos e do Egito descobriu um complexo administrativo do faraó Dyedkara Isesi (2380 a.C. a 2342 a.C.), as ruínas mais antigas achadas na jazida de Tal Edfu, na cidade de Assuan, sul do Egito, anunciou nesta quinta-feira o Ministério de Antiguidades.
A responsável pela missão, Nadine Mueller, da Universidade de Chicago, explicou que esta é a descoberta mais importante feita por seu equipe desde que começou as escavações nesse local em 2014, segundo um comunicado.
O complexo elucida as expedições reais realizadas na era do faraó Dyedkara Isesi, o penúltimo da quinta dinastia, para buscar especiarias, pedras preciosas e minerais no litoral do mar Vermelho e em lugares remotos como a península do Sinai ou o país de Punt, que se acredita ficava na atual Somália.
Nas escavações foi encontrada uma coleção de objetos armazenados no centro, entre eles recipientes núbios e conchas do mar Vermelho, além de 220 selos de barro com os nomes do faraó, dos trabalhadores do centro administrativo e de mineradores.
O secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades egípcias, Mustafa Waziri, explicou que estes itens são os mais antigos achados em Tal Edfu, pois até agora só tinham sido encontrados na região ruínas da segunda metade da sexta dinastia.
O projeto arqueológico de Tal Edfu, que começou em 2001, pretende se aprofundar nas informações sobre essa capital provincial do Alto Egito e obter evidências arqueológicas sobre a administração do Antigo Egito, que até agora se conhece principalmente por fontes textuais.
O ministério de Antiguidades também anunciou hoje a descoberta de uma série de objetos no templo de Kom Ombo, também em Assuan, onde trabalha uma missão egípcia.
Entre outros objetos, foram achados uma esteira em cal que representa um casamento realizando oferendas a um deus e três estátuas em arenito, duas delas do deus Hórus em forma de falcão e outra de um homem sentado.
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