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Cate Blanchett será presidente do júri do Festival de Cannes

04/01/2018 08h07

Paris, 4 ene (EFE).- A atriz australiana Cate Blanchett substituirá neste ano o diretor espanhol Pedro Almodóvar como presidente do júri do Festival de Cannes, que será realizado de 8 a 19 de maio.

Os organizadores do festival, ao anunciar nesta quinta-feira em um comunicado a aposta em Cate Blanchett (48 anos) para liderar o júri, destacaram que é uma artista "singular cujo talento e convicções" ficaram patentes tanto nas telas de cinema como nos palcos teatrais.

Além disso, os organizadores fizeram uma alusão ao envolvimento da atriz como embaixadora de boa vontade para o Alto Comissariado da ONU para os refugiados, mas também contra o assédio às mulheres, em particular com o movimento gerado pelas revelações sobre o produtor Harvey Weinstein.

Os organizadores também disseram que para a australiana, que foi premiada duas vezes com o Oscar - em 2004 por seu papel em "Aviador", de Martin Scorsese, e em 2014 por "Blue Jasmine", de Woody Allen - atuar é "um gozo permanente" e que em sua carreira alternou "filmes independentes e grandes produções, sempre com grandes diretores".

A esse respeito, citaram entre outros, seu trabalho em "Babel", de Alejandro González Iñárritu, "O Segredo de Berlim", de Steven Soderbergh, e "Sobre Café e Cigarros", de Jim Jarmusch.

No Festival de Cannes foi indicada em 2015 por seu papel de "Carol", um filme dirigido por Todd Haynes em que ela mesma era coprodutora.

No teatro, Cate Blanchett codirigiu com Andrew Upton a Companhia Teatral de Sydney entre 2008 e 2013 e recebeu diversos prêmios nessa mesma cidade, além de Nova York, Washington, Londres e Paris.

A nova presidente do júri apontou que vai a Cannes há anos como atriz, como produtora, para festas ou para as sessões de competição, mas nunca "pelo simples prazer de aproveitar a abundância que é este grande festival".

"Cannes tem um grande papel na ambição do mundo de se conhecer melhor contando histórias, esta tentativa é vital e compartilhada por todos os povos", apontou.