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Tenista Rafael Nadal inspira peça homoerótica em cartaz em Nova York

Cena de peça de teatro inspirada no tenista Rafael Nadal - The Rafa Play/Daniel Rader
Cena de peça de teatro inspirada no tenista Rafael Nadal Imagem: The Rafa Play/Daniel Rader

De Nova York (EUA)

15/12/2017 18h43

O tenista espanhol Rafael Nadal se transformou de forma inesperada no protagonista de uma peça de teatro de conteúdo homoerótico, após o dramaturgo Peter Gil-Sheridan se inspirar nele para a sua obra "The Rafa Play".

O espetáculo, que poderá ser visto em Nova York só nesta sexta-feira e no sábado, foi escrito por Gil-Sheridan e tem direção de Morgan Gould, enquanto o ator Juan Arturo interpreta o tenista, que se envolve com um dramaturgo homossexual.

Gil-Sheridan criou um personagem baseado nele mesmo que consegue um trabalho nos escritórios da ATP na Flórida e acaba vivendo um tórrido romance com Nadal e exibe a conquista a seus amigos como se tratasse de um troféu de caça.

O dramaturgo explicou ao "The New York Times" que a obra não é "biográfica" e o tenista funciona como "símbolo".

O ator Juan Arturo, que interpreta o tenista - The Rafa Play/Daniel Rader - The Rafa Play/Daniel Rader
O ator Juan Arturo, que interpreta o tenista
Imagem: The Rafa Play/Daniel Rader


"Para mim, como homem gay, ele é o ideal masculino que procuro. Portanto, em parte é ele, e em parte não. É algo gracioso. Não está sendo representado como um homem gay, mas como um símbolo gay", disse Gil-Sheridan.

O clima luxurioso e lascivo das cenas entre Nadal e Peter do primeiro ato se desvanece depois, quando o casal vai à casa do tenista, em Mallorca, e lá se dão conta de que são incompatíveis, segundo o relato do "The New York Times".

"Se realmente realizasse esta fantasia, como seria realmente? Está claro que não funcionaria", explicou Gil-Sheridan, e acrescentou: "O Rafa Nadal que criei no primeiro ato é produto da minha imaginação".

O dramaturgo disse que não tinha pedido permissão nem a Nadal nem a seus representantes para usá-lo como personagem de sua peça, já que as paródias e as sátiras de figuras públicas estão protegidas dos processos por difamação nos Estados Unidos.

A obra incorpora alguns elementos que a fazem mais realista, como quando o tenista revela sua paixão pelo musical "O Fantasma da Ópera", que é real, ou quando fala das cãibras que sofre frequentemente nas panturrilhas, que em 2011 o obrigaram a interromper uma entrevista coletiva no US Open.

Por outro lado, outros detalhes são mais imprecisos, como quando Nadal veste uma camisa com marcas esportivas que não usa na vida real.