Governo nomeia italiana para dirigir Coliseu e acalma polêmicas

Roma, 1 dez (EFE).- A arqueóloga italiana Alfonsina Russo será a nova diretora do Coliseu, em Roma, informou o Ministério da Cultura da Itália nesta sexta-feira em comunicado, no qual afirmou que a sua nomeação demonstra que era desnecessária a polêmica sobre a escolha de estrangeiros à frente de grandes museus.

"Se trata de um perfil de altíssima qualidade que saberá combinar pesquisa, inovação e conservação de um dos monumentos mais conhecidos do mundo e um autêntico ícone da Itália. Como vemos, todas as polêmicas sobre a escolha de estrangeiros para dirigir museus estava fora de lugar", afirmou o ministro da Cultura, Dario Franceschini.

Nascida em Lecce, na região de Apúlia, em 1959, ela será a responsável nos próximos quatro anos pelo complexo do Coliseu. A escolha é fruto de um concurso com a participação de 78 candidatos, sendo 15% de fora da Itália.

Em 2015, o governo italiano fez uma reforma e nomeou 20 novos diretores - dez homens e dez mulheres - para dirigir alguns dos principais museus da Itália, como a Galeria dos Ofícios, a Galeria da Academia de Belas Artes, o Sítio Arqueológico de Paestum e a Galeria Borghese.

A decisão foi criticada por alguns setores porque sete dos novos contratados eram estrangeiros (três alemães, dois austríacos, um britânico e um francês). Em maio, a Justiça anulou a nomeação de cinco deles por considerar que existiam erros no processo de seleção, uma sentença que Franceschini disse que recorreria.

Alfonsina Russo é formada em Letras Clássicas e tem doutorado em Arqueologia Clássica. Desde 2009, trabalha no Museu da Cultura da Itália.