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Ferrari usada por Schumacher no GP de Mônaco é leiloada por US$ 7,5 milhões

17/11/2017 05h44

Sergi Santiago.

Nova York, 17 nov (EFE).- A casa de leilões Sotheby's realizou na quinta-feira seu leilão de arte contemporânea, em Nova York, nos Estados Unidos, onde entre as obras vendidas estava uma Ferrari utilizada pelo ex-piloto alemão Michael Schumacher, arrematada por US$ 7,5 milhões (cerca de R$ 24,6 milhões).

O carro, que foi um dos artigos mais disputados no leilão, foi guiado pelo heptacampeão mundial de Fórmula 1 no Grande Prêmio de Mônaco, em 2001, ano em que ele conquistou seu quarto título.

Já a obra "Three studies for a portrait of George Dyer", de Francis Bacon, foi vendida pelo valor de US$ 38,6 milhões (cerca de R$ 126,6 milhões). Este foi o primeiro dos muitos retratos que o artista irlandês dedicou a seu amante e principal fonte de inspiração.

Segundo diz a lenda, eles se conheceram quando Dyer tentou roubar o apartamento do artista. O jovem ladrão, que tinha nascido no subúrbio, dentro de uma família de delinquentes, foi cativado pelo sucesso e carisma do pintor, que por sua vez se apaixonou pela vulnerabilidade de Dyer.

Após uma intensa relação cheia de excessos, George Dyer cometeu suicídio, uma perda que foi transferida para o trabalho de Bacon, depois marcado por "demônios, desastre e perda", como ele próprio reconheceu.

A obra vendida nesta quinta é eminentemente passional e no dinamismo dos seus traços, pode-se notar a problemática de seu relacionamento, elétrico e tóxico em partes iguais.

Foi, sem dúvida, a grande estrela deste leilão. Em 2013, outra obra de Bacon, "Three Studies of Lucian Freud", foi vendida por US$ 142 milhões, se tornando no item mais caro de todos os leilões, sendo superado somente na última quarta-feira, quando "Salvator Mundi", pintado por Leonardo da Vinci há cinco séculos, foi arrematado por US$ 450,3 milhões.

O segundo item mais caro pago neste leilão foi um retrato de Mao Tsé-Tung, pintado por Andy Warhol, em 1972, vendido por US$ 32,4 milhões (cerca de R$ 106,8 milhões) e que simboliza a banalização do comunismo, já que o ícone do "pop art" transformou seu grande defensor em uma mera mercadoria capitalista.

Warhol criou até 199 pinturas do líder da Revolução Chinesa, mas o trabalho leiloado nesta quinta pertence ao primeiro conjunto de apenas 11 pinturas. Das dez obras restantes, a metade está em importantes galerias públicas e privadas, e o resto tem o paradeiro desconhecido.

Já Yoko Ono, viúva do ex-beatle John Lennon, vendeu por US$ 11 milhões (cerca de R$ 36 milhões) um dos tesouros de sua coleção privada, "Cabra", do americano Jean-Michel Basquiat, uma representação da vitória de Muhammad Ali, símbolo da luta anti-racista, contra o "imbatível" pugilista argentino Oscar Bonavena, apelidado "El Toro".

As aproximadamente 70 obras deste leilão em Nova York foram vendidas por cerca de US$ 310 milhões (cerca de R$ 1,16 bilhão).