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Rafael Cadenas, Sergio Ramírez e Ida Vitale estão cotados ao Prêmio Cervantes

15/11/2017 15h20

Madri, 15 nov (EFE).- O poeta venezuelano Rafael Cadenas, o escritor nicaraguense Sergio Ramírez e a poetisa uruguaia Ida Vitale são alguns dos candidatos ao Prêmio Cervantes 2017, considerado o Nobel de Literatura em castelhano, prêmio que será entregue na quinta-feira com 125 mil euros ao vencedor.

Embora não esteja no regulamento da premiação, habitualmente é seguida uma regra não escrita que reparte alternativamente o prêmio entre América Latina e Espanha. Como a edição de 2016 teve como vencedor Eduardo Mendoza, de Barcelona, desta vez deve ser premiado algum autor latino-americano.

Criado em 1975 pelo Ministério de Cultura espanhol, o prêmio reconhece a trajetória de um escritor que com o conjunto da obra tenha contribuído para enriquecer o legado literário hispânico e é considerado o mais importante entre os que são concedidos nos países que falam espanhol.

Segundo as fontes consultadas pela Agência Efe, nesta edição do prêmio aparecem bem cotados autores como Rafael Cadenas, Sergio Ramírez, Ida Vitale e o chileno Antonio Skármeta.

Caso que não seja cumprida essa regra não escrita e algum espanhol vença, os escritores Luis Goytisolo, Álvaro Pombo, Fernando Savater e Antonio Muñoz Molina estão entre dos favoritos.

Ao longo dos mais de 40 anos de vida do prêmio Cervantes, apenas em quatro ocasiões uma mulher venceu: as espanholas María Zambrano (1988) e Ana María Matute (2010), a cubana Dulce María Loynaz (1992) e a mexicana Elena Poniatowska (2013).

Após a reunião do júri, o ministro de Educação, Cultura e Esporte espanhol, Íñigo Méndez de Vigo, comunicará a decisão do prêmio em entrevista coletiva na quinta-feira, que contará com a presença do último premiado, Eduardo Mendoza.

O júri é integrado por Darío Villanueva (Real Academia Espanhola); Beatriz Vegh (Real Academia Nacional de Letras do Uruguai); Carmen Ruiz (Conferência de Reitores das Universidades Espanholas); Diego Valadés (União de Universidades da América Latina) Esperanza López Parada (Instituto Cervantes) e Antonio Pau (Ministério da Educação, Cultura e Esporte da Espanha).

María del Carmen Pérez de Armiñán (Federação de Associações de Produtores de Audiovisual Espanhóis); Ileana Alamilla (Federação Latino-americana de jornalistas); María Augusta dá Costa (Associação Internacional de Hispanistas) e os dois últimos premiados, Fernando del Paso e Eduardo Mendoza, completam o júri.