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Cineasta francês Jean-Jacques Annaud escondeu dinheiro em paraísos fiscais

08/11/2017 09h44

Paris, 8 nov (EFE).- O cineasta francês Jean-Jacques Annaud ocultou da Fazenda do seu país, durante 20 anos, uma parte dr seu patrimônio mediante sociedades domiciliadas nas Ilhas Cayman e em Hong Kong nas quais recentemente havia US$ 1,48 milhão, segundo os "Paradise Papers".

A "Radio France", que faz parte do Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ) que trabalhou com os "Paradise Papers", revelou hoje diferentes movimentos de contas não declaradas de Annaud desde 1997, até que no mês passado foi questionado sobre isso.

Foi então quando, segundo explicou à emissora seu advogado Eric Delloye, compareceu na célula de regularização da Administração Tributária francesa para dar todas as informações.

De acordo com as revelações, o diretor criou em setembro de 1997, apenas alguns dias depois da estreia do seu grande êxito comercial "Sete Anos no Tibete", um conta domiciliada nas Ilhas Cayman que batizou de Los Condores e que passou a conter a sociedade Uspallata Limited, também sua.

Em outubro de 2015, o cineasta transferiu US$ 1,33 milhão a outra empresa (Gingko Holdings Limited), desta vez situada em Hong Kong, outro território que oferece discrição e vantagens fiscais.

O resto do dinheiro foi parar na empresa de produção que tem na Califórnia, Calico Entertainment, filial de outra registrada em Delaware, Estado que faz as vezes de paraíso fiscal dentro dos Estados Unidos.