Arqueólogos descobrem academia do século III a.C. no Egito
Cairo, 6 nov (EFE).- Uma missão de arqueólogos egípcios e alemães encontraram uma academia da época helenística, que data do século III a.C., a 130 quilômetros do Cairo, informou o Ministério de Antiguidades do Egito nesta segunda-feira.
O espaço, o primeiro deste tipo a ser encontrado no país, possui uma grande sala de reunião, um refeitório, um pátio, uma pista de corrida de 200 metros de extensão e jardins em volta do conjunto. A descoberta foi feita no sítio arqueológico de Watfa, a cinco quilômetros do Palácio Qasr Qarun, a construção mais importante da antiga cidade de Filoteris, fundada a margens do Lago Qarun por Ptolomeu II, rei que também construiu a icônica Biblioteca de Alexandria.
De acordo com a professora Cornelia Römer, do Instituto Arqueológico Alemão, responsável pelos trabalhos, naquela época, os ginásios eram privados e usados por jovens para praticar esportes, aprender a ler e a escrever e para a realização de debates filosóficos.
A construção de Wafta mostra que a cultura helenística se expandiu para muito além do litoral no Egito. O local fica 340 quilômetros ao sul da cidade de Alexandria e fica próximo ao Lago Qarun, encravado no deserto, perto do vale do Rio Nilo.
Ainda que nenhuma outra academia tenha sido encontrada no Egito até então, a existência delas eram conhecidas graças a várias antigas inscrições. Quando foi fundada, no século III a.C., Filoteris tinha cerca de 1.200 habitantes, dois terços egípcios e um terço gregos, segundo o Ministério de Antiguidades. As escavações feitas do Instituto Arqueológico Alemão começaram em 2010.
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