Mulheres fazem "toplessaço" no Rio para protestar contra censura na arte

Um grupo de mulheres fez tirou a parte de cima dos biquínis neste sábado, na praia de Ipanema, no Rio, contra a censura na arte depois das críticas feitas por movimentos conservadores contra exposições que defendiam a liberdade sexual e de gênero.
"Na praia ou no museu, o corpo é livre" foi o lema da quarta edição da manifestação, conhecida como "Toplessaço". Além da nudez, elas também levavam um cartaz com a palavra "liberdade".
"A ideia é tentar naturalizar a nudez. De tanto ver, não é possível que ela não possa se tornar natural", disse Ana Paula Nogueira, uma das organizadoras do protesto.
Ao longo deste ano, o Brasil viveu várias polêmicas sobre a idoneidade de algumas representações artísticas que expunham corpos nus ou transmitiam uma mensagem de tolerância e respeito à diversidade de gênero.
Uma delas envolvia a exposição centrada na história da cultura queer brasileira, inaugurada em agosto em Porto Alegre. A mostra, que tinha obras de mais de 200 artistas, foi fechada pelo Santander Cultural depois de críticas de grupos como o Movimento Brasil Livre (MBL), que disse que a mostra era uma blasfêmia.
A exposição viria na sequência para o Museu de Arte do Rio de Janeiro (MAR), mas o prefeito Marcelo Crivella, bispo licenciado da Igreja Universal, a retirou da programação.
Depois de vários episódios semelhantes, as exposições defendendo a nudez e o respeito à diversidade se multiplicaram.
Foi inaugurada hoje no Rio a mostra "O pau na mesa - uma crítica às medidas desmedidas", que reúne pinturas, vídeos e esculturas de 20 artistas para criticar a censura nas artes.
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