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Sindicato de Produtores de Hollywood inicia processo de expulsão de Weinstein

16/10/2017 22h10

Los Angeles (EUA), 16 out (EFE).- O Sindicato de Produtores de Hollywood (PGA, na sigla em inglês) iniciou nesta segunda-feira o processo de expulsão de Harvey Weinstein após as inúmeras denúncias de abuso e assédio sexual contra ele.

"O assédio sexual de qualquer tipo é completamente inaceitável. Esse é um problema sistémico e estendido que exige ações por parte de toda a indústria", disse a entidade em comunicado.

O PGA realizou uma reunião extraordinária na qual seu conselho, composto por 20 mulheres e 18 homens, votou de maneira unânime para expulsar Weinsten, um dos produtores mais poderosos e influentes da indústria cinematográfica dos Estados Unidos.

A expulsão não é imediata. Weinstein terá a oportunidade de se defender antes de uma decisão final, que será tomada em novembro.

O sindicato também aprovou hoje a criação de um grupo de trabalho para investigar e propor soluções que possam acabar com o assédio sexual em Hollywood.

A decisão do PGA foi tomada dois dias depois de a Academia de Hollywood, responsável pela organização do Oscar, também decidisse expulsar o produtor acusado de múltiplos abusos sexuais.

"Fazemos isso não só para nos afastarmos de alguém que não merece o respeito de seus companheiros, mas também para enviar a mensagem de que a era da ignorância deliberada e a cumplicidade vergonhosa nos comportamentos sexuais de depredadores da nossa indústria acabou", disse a Academia em comunicado.

As revelações sobre os abusos foram feitas em duas matérias divulgadas pelo jornal "The New York Times" e pela revista "The New Yorker", que provocaram uma polêmica gigantesca em Hollywood.

Angelina Jolie, Gwyneth Paltrow, Mira Sorvino são apenas algumas das mulheres que denunciaram episódios de abuso de Weinstein, que vão desde comportamentos abusivos a violações.