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Nobel de Literatura espera que os prêmios sejam uma "força positiva" no mundo

05/10/2017 11h05

Londres, 5 out (EFE).- O nipo-britânico Kazuo Ishiguro, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura de 2017, disse nesta quinta-feira à emissora "BBC" que este reconhecimento o faz sentir "surpreendentemente lisonjeado" e que acredita que, diante do atual contexto mundial, os prêmios possam representar "uma força positiva".

"O mundo atravessa agora um momento de muita incerteza e acredito que todos os Prêmios Nobel possam ser uma força para trazer algo positivo para o mundo", afirmou o escritor.

Ishiguro acrescentou que se sentiria "profundamente comovido" se pudesse "contribuir de alguma maneira para criar uma atmosfera positiva em tempos de grande incerteza".

O escritor de 62 anos confessou em declarações à emissora britânica que, por não ter sido contatado diretamente pela Academia Sueca, chegou a pensar que se tratava de uma "piada".

"É uma honra magnífica, principalmente porque significa que estou seguindo os passos dos grandes autores que existiram, e isso é uma menção espetacular", comentou o laureado.

Ishiguro escreveu oito livros, entre os quais se destaca "Os Vestígios do Dia" (1989).

Ao anunciar o prêmio, a Academia Sueca lembrou que os temas mais recorrentes na obra de Ishiguro são a memória, o tempo e o autoengano.

Nascido em 1954 em Nagasaki, Ishiguro viveu no Japão até os cinco anos de idade e, em 1960, sua família se mudou para o Reino Unido, onde conseguiu a cidadania britânica em 1982.