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Fergie levanta público e Maroon 5 repete show no 2º dia de Rock in Rio

17/09/2017 02h28

Rio de Janeiro, 16 set (EFE) - O público encheu o Parque Olímpico neste sábado, segundo dia de Rock in Rio, e vibrou ao som do pop rock do Skank, da nova sensação canadense Shawn Mendes, do pop da americana Fergie - que enfrentou problemas de som - e novamente com os hits dos californianos do Maroon 5, que se apresentou pela segunda noite consecutiva e levou seus fãs ao delírio.

Em um dia um pouco mais fresco, a multidão tomou conta da Cidade do Rock logo no início do festival e já ocupava praticamente todos os espaços em busca do melhor lugar para curtir o dia e assistir aos shows.

Na abertura do Palco Mundo, o Skank levou o público à loucura com hits antigos como "Futebol", "Saideira", "Proibido Fumar" e "Jackie Tequila".

Os presentes cantaram, pularam e vibraram a cada sucesso do grupo, que se apresentou pela segunda vez no festival.

Durante a apresentação, o vocalista Samuel Rosa aproveitou para criticar o momento vivido pela política brasileira. "Vocês são piores que ladrões, matam gente", disse, se referindo aos políticos.

Depois foi a vez da sensação canadense Shawn Mendes, que causou frisson logo ao entrar no palco. O cantor, de apenas 19 anos, não demorou para tocar a música que o alçou à fama, "Stitches", arrancando gritos do público presente.

O caçula do festival não demonstrou nervosismo e ousou ao cantar uma parte da música "Use Somedoby", do grupo King of Leons, momento em que o público recompensou Mendes com um "mar" formado pelas luzes das lanternas de celulares.

Além disso, o cantor fez os fãs dançarem ao som de "Mercy" e "Treat You Better", música com a qual encerrou um show que agradou.

Depois foi a vez da americana Fergie, que conseguiu destaque ao se apresentar pela primeira vez como artista solo no festival. A cantora, que lançou seu último álbum há dez anos, está prestes a lançar mais um disco de estúdio, e foi a responsável neste segundo dia de festival de abrir os trabalhos no Palco Mundo.

Além de se apresentar com canções do Black Eye Peas, banda da qual é vocalista, Fergie trouxe muitas novidades no setlist como "You Already Know" e "Love Pain", ambas do disco novo "Double Dutchess", que tem lançamento marcado para o dia 22 de setembro.

A cantora ainda convidou a drag queen Pablo Vittar que, ao lado da artista, levou o público à loucura ao cantar as músicas "Sua Cara", gravada junto com Anitta, e "Glamorous", de Fergie.

Aos 42 anos, Fergie tem na bagagem um vasto catálogo de hits que não poderia deixar de fora. A música "Fergalicious" estava na ponta da língua dos fãs, que se divertiram com a irreverência da cantora.

Outros pontos positivos da apresentação ficaram por conta da musica "Mais que Nada", com a participação de Sergio Mendes, e "Big Girls Dont Cry" que, como era esperado, emocionou o público. Pelo lado negativo, problemas técnicos com o microfone fizeram a cantora "interromper" o show algumas vezes.

Encerrando o segundo dia de festival, o Maroon 5 subiu novamente ao Palco Mundo como atração principal, após ter substituído Lady Gaga no dia anterior, e fez um show praticamente idêntico. De diferente, a banda incluiu "What Lovers Do" e "Lost Stars" e tirou "Girl from Ipanema", porém com uma apresentação diante de seu público fiel.

O show parece ter tido mais energia do que no dia anterior - quando o público foi menor -, perante uma multidão que cantou e gritou com os maiores sucessos do grupo, como "This Love", "Sunday Morning", "She Will Be Loved" "Moves Like Jagger" e "Sugar".

Novamente, o Maroon 5 fez o tradicional cover de David Bowie com a música "Let's Dance".

Diferentemente do dia anterior, fãs - muitos usando camisetas do grupo - se aglomeraram na grade diante do palco e se emocionaram junto com os músicos.

Já no Palco Sunset, a abertura ficou por conta de João Donato, que cercado de novos nomes femininos da música brasileira - Tiê, Emanuele Araujo, Lucy Alves e Mariana Aydar -, deixou um clima de paz com sua característica tranquilidade.

Mas foi com Evandro Mesquita e a Blitz que o público começou a se animar de verdade. O ritmo contagiante e os sucessos dos anos 80 fez com que ninguém ficasse parado no show da banda.

Logo de cara, a Blitz tocou o hit "Weekend", passando por "Geme Geme", "A Dois Passos do Paraíso", encerrando com o maior sucesso do grupo, "Você Não Soube Me Amar".

A Blitz ainda teve a companhia do grupo AfroReggae, de Davi Moraes e de Alice Caymmi.

Outra atração que levantou o público foi o encontro entre Rael e Elza Soares, que tiveram a missão de substituir o americano Charles Bradley, que cancelou a apresentação por motivos de saúde.

Com sua voz marcante, Elza apareceu somente na segunda metade do show, e mesmo cantando apenas quatro músicas, demonstrou que mantém o mesmo talento aos 80 anos.

Encerrando o Palco Sunset, o californiano que mistura R&B e funk-rock Miguel, filho de mãe afro-americana e de pai mexicano, fez sua estreia em palcos brasileiros com canções de seus dois álbuns de sucesso, "Kaleidoscope Dream" e "Wildheart". A apresentação ainda contou com uma curta participação do rapper Emicida, que subiu ao palco no final do show e demonstrou todo seu talento.