"Não sabemos quase nada do cartel de Cali", diz Pedro Pascal sobre "Narcos"
Sara Pérez García
Londres, 31 ago (EFE).- A série "Narcos" retorna nesta sexta-feira à Netflix em sua terceira temporada, focada no cartel de Cali, que passa a se destacar no narcotráfico após a morte de Pablo Escobar e do qual "o público não sabe quase nada", segundo o ator Pedro Pascal.
Os episódios da nova temporada giram em torno das operações realizadas pela Agência Antidrogas dos Estados Unidos (DEA) para acabar com o cartel de Cali.
"Sabemos muito mais de Escobar que do cartel de Cali, sem saber que estes homens eram muito mais poderosos", comentou Pascal em entrevista à Agência Efe em Londres, onde divulga o retorno da série à plataforma de streaming.
Agora, o agente da DEA Javier Peña, interpretado por Pascal, se encarregará de pedir ajuda tanto às forças americanas como colombianas para acabar com o cartel em meio a uma trama de violência, poder e dinheiro.
"Veremos quilos e quilos de cocaína nesta temporada", contou o ator, que ressaltou que durante a década de 90 os quatro poderosos padrinhos de Cali criaram um dos maiores "impérios da droga na Colômbia".
Esses padrinhos serão interpretados por Damián Alcázar (Gilberto Rodríguez Orejuela, líder do cartel), Francisco Denis (Miguel Rodríguez Orejuela, o cérebro por trás do crescimento do cartel), Alberto Ammann (Helmer "Pacho" Herrera, o homem que comanda a conexão mexicana e a distribuição internacional) e Pepe Rapazote (Chepe Santacruz Londoño, encarregado da região de Nova York).
O cartel de Cali fazia estratégias de maneira diferente da organização de Pablo Escobar, já que se caracterizava pela discrição e preferia pagar subornos para alcançar seus objetivos.
Embora esta temporada não conte com o retorno de Boyd Holbrook, o ator que interpretou o agente da DEA Steve Murphy, poderemos "ver outros rostos que seguirão com a mesma história", segundo Pascal.
Entre os novos papéis estão o do ator espanhol Miguel Ángel Silvestre, que interpretará Franklin Jurado, a pessoa encarregada das movimentações financeiras do cartel de Cali; o de Javier Cámara, que dará vida a um misterioso narcotraficante; e o de Tristán Ulloa, no papel de cônsul.
Diferentemente das temporadas anteriores, Medellín deixa de ser o foco de operações do narcotráfico e "Cali se transforma no centro do universo da droga".
"A Colômbia segue sendo o principal centro do 'show', mas desta vez são mostrados elementos mais tradicionais da sociedade, da época, e será muito diferente do que vimos em Medellín porque adentraremos a verdadeira pele do país", acrescentou Pascal.
Apesar de Cali se transformar em protagonista, esta nova temporada reflete a "expansão do narcotráfico" e mostrará "o novo império apertar as mãos com outros cartéis da droga, como o do Norte del Valle e alguns do México, como o de Juárez", segundo relatou o ator.
Pascal contou que os roteiristas tentam contar a história da forma mais autêntica "onde há forte representação cultural e onde se trabalha com atores latinos", mas acrescentou que o país "está querendo se livrar da associação que tem com a droga e a violência".
"As pessoas estão fascinadas com a história de dinheiro, drogas e poder, mas essa não é a história que estamos tentando contar, queremos dar uma lição de história para fazer as pessoas refletirem sobre o que aconteceu", especificou o ator.
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