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Fórum de Comunicação Eurasiático analisa impacto de notícias falsas

22/06/2017 16h28

Astana, 22 jun (EFE).- O impacto das notícias falsas nos veículos de comunicação foi o centro dos debates da inauguração, nesta quinta-feira, do XIV Fórum de Comunicação Eurasiática.

"O maior desafio para qualquer país ou empresa é saber manter altos níveis de responsabilidade e, ao mesmo tempo, manter a qualidade do jornalismo", disse à Agência Efe Giles Kenningham, que foi porta-voz do ex-primeiro-ministro britânico David Cameron.

Kenningham ressaltou o "perigo" que representa "a explosão das notícias falsas" por internet, além de opinar que o Facebook "desempenha um importante papel na luta contra as notícias falsas, justamente pela grande quantidade de notícias falsas que aparecem" nessa rede social.

"Necessitam assumir um nível alto de responsabilidade para combater o problema", disse.

Por sua vez, o diretor da Bloomberg Media no Reino Unido, Todd Baer, advertiu que a abundância de notícias falsas é particularmente perigosa quando utilizada como defesa, e aconselhou os consumidores de notícias a "serem fiéis aos grandes nomes" da imprensa, para os quais "a credibilidade é tudo".

"Há muita informação circulando na era digital, e nossa responsabilidade como jornalistas é garantir que aquilo que publiquemos seja verdade", argumentou.

O Fórum de Comunicação Eurasiática, que anualmente reúne especialistas, políticos, economistas e líderes de opinião de mais de 60 países, acontecerá até 24 de junho em Astana, capital do Cazaquistão, sob o tema "Palco para a busca do mútuo acordo" e debaterá desenvolvimento sustentável, fatores de estimulação do investimento e o conceito de economia ecológica.

Estão previstas conferências do ex-secretário de Energia dos Estados Unidos William Richardson e dos ex-presidentes da Turquia, Abdullah Gül, e da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, entre outras personalidades.