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Nicole Kidman completa 50 anos com retorno a seu esplendor

20/06/2017 06h00

Los Angeles (EUA), 20 jun (EFE).- Houve uma época em que Nicole Kidman aparecia em qualquer conversa sobre as melhores atrizes do mundo e agora alguns podem até ter se esquecido de seu talento, mas a intérprete australiana completa 50 anos nesta terça-feira com a certeza de que recuperou o esplendor de sua carreira.

"Simplesmente quero comemorá-lo junto com meu divino esposo (Keith Urban), minhas filhas (Sunday, de oito anos, e Faith, de seis) e minha irmã (Antonia)", disse ao site "E! On-line" a atriz, que está casada desde 2006 com o cantor de country nascido na Nova Zelândia.

"Não preciso de grandes celebrações. Só preciso da minha família a meu lado, pois sou feliz assim", acrescentou a atriz durante a apresentação em Los Angeles, nos Estados Unidos, de seu novo filme, "O Estranho que Nós Amamos", sob a direção de Sofia Coppola.

Este é o mais novo exemplo da ressurreição artística que vive Kidman após sua indicação ao Oscar por "Lion: Uma Jornada Para Casa" e o enorme sucesso da minissérie do canal "HBO", "Big Little Lies", que protagoniza ao lado de Reese Witherspoon.

Além disso, em um futuro não muito distante, a atriz aparecerá em títulos como "Aquaman" - no qual será a rainha Atlanna, a mãe do super-herói interpretado por Jason Momoa ("Game of Thrones") - e na versão americana do longa francês "Intocáveis".

Kidman foi descoberta por Phillip Noyce e apresentada ao mundo em 1989, no longa "Terror a Bordo", e não demorou a chamar a atenção de Tom Cruise, que a conheceu durante as filmagens de "Dias de Trovão" (1990).

Já como marido e mulher, ambos decidiram adotar dois filhos (Isabella Jane e Connor) e filmaram juntos "Um Sonho Distante" (1992) e "De Olhos Bem Fechados" (1999), o último filme de Stanley Kubrick.

Além do trabalho ao lado de Cruise, a atriz mostrou seu talento individual em "Minha Vida" (1993), "Um Sonho Sem Limites" (1995) e "Retratos de Uma Mulher" (1996), mas foi após sua separação em 2001 do ator - um divórcio que nunca foi muito bem explicado e que muitos apontam para a crença de Cruise na Cientologia - que sua carreira evoluiu e chegou à altura das grandes atrizes.

Sua primeira indicação ao Oscar veio com o musical "Moulin Rouge: Amor em Vermelho" (2001), e a atriz também emocionou o público com sua trágica história em "Os Outros" (2001), sob comando do espanhol Alejandro Amenábar. A coroação veio com o prêmio da Academia de Hollywood para sua inesquecível interpretação da escritora Virgínia Woolf em "As Horas".

No ápice de sua carreira, Nicole Kidman conciliava grandes riscos artísticos - como no filme "Dogville" (2003), do polêmico cineasta dinamarquês Lars Von Trier - com apostas claramente comerciais, como "Cold Mountain" (2003).

Após essa etapa bem-sucedida, sua carreira sofreu uma reviravolta com projetos de pouco destaque, como "Mulheres Perfeitas", "A Feiticeira" e "Invasores".

Kidman, no entanto, voltou a recuperar seu prestígio com o musical "Nine" (2009) e "Reencontrando a Felicidade" (2010), que rendeu sua terceira indicação ao Oscar, e obras tão provocadoras como "Obsessão" (2012), de Lee Daniels, e "Segredos de Sangue" (2013), de Chan-wook Park.

Além de sua carreira no cinema, Nicole é a imagem do glamour personificado e segue sendo um ímã para algumas das grifes de moda e cosméticos mais conhecidas do mundo.

No entanto, a atriz não se esquece da sua vertente humanitária, pois é embaixadora da boa vontade de Unicef e Unifem, os fundos da ONU para a infância e para a mulher, onde colabora na luta para erradicar a violência machista.

É precisamente este tipo de violência que sofre sua personagem na série "Big Little Lies", seu último grande papel até hoje, que, além disso, poderia lhe render seu primeiro Emmy, um prêmio para o qual parte como grande favorita e para o qual já foi indicada por "Hemingway & Martha" (2012).