Madri elimina vestígios do franquismo com mudança do nome de 52 ruas
Madri, 28 abr (EFE). - O governo de Madri mudará o nome de 52 ruas vinculadas de alguma forma à ditadura de Francisco Franco (1939-1975) com o objetivo de ajustar as vias da capital à Lei da Memória Histórica, que procura reconhecer os abusos cometidos durante a Guerra Civil Espanhola (1936-39) e a ditadura.
Nesta sexta-feira, a Câmara Municipal de Madri aprovou a medida com o apoio do "Ahora Madrid", partido de esquerda que governa a cidade, dos socialistas (PSOE) e dos Ciudadanos (liberais) e a abstenção do Partido Popular (centro-direita). As mudanças começam a partir de maio.
A Plaza Arriba España - expressão de cumprimento franquista - será Plaza de la Charca Verde, a Calle de los Caídos de la División Azul - voluntários espanhóis que lutaram junto aos nazistas na Segunda Guerra Mundial - será Calle Memorial 11 de marzo de 2004, em homenagem aos mortos no atentado jihadista nos trens de Atocha e Vallecas. Já a Avenida del Arco de la Victoria se transformará em Avenida de la Memoria.
Um grande número de ruas também deixará de ter nomes de chefes militares e receberá nomes de personalidades, como os fotógrafos de guerra Robert Capa e Gerda Taro, o escritor Max Aub, o independentista filipino José Rizal e o jornalista Manuel Chaves Nogales.
Em 2007, o governo do socialista José Luis Rodríguez Zapatero iniciou a Lei de Memória Histórica e no ano passado a Câmara Municipal de Madri encaminhou a uma comissão de especialistas uma proposta para modificar o nome das ruas que, segundo a prefeita Manuela Carmena, pretendia agir "sem revanchismo" e com bom senso. EFE
lvp/cdr
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