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Paulo Coelho afirma que relê "O Alquimista" com regularidade

O escritor brasileiro Paulo Coelho - Laurent Gillieron/AP
O escritor brasileiro Paulo Coelho Imagem: Laurent Gillieron/AP

De Madri (Espanha)

13/03/2017 14h50

O escritor Paulo Coelho afirmou que relê com regularidade seu romance "O Alquimista", o maior sucesso de sua carreira traduzido para 81 línguas, e que cada vez sente que nunca estará sozinho porque, se as pessoas entendem sua história, "sempre haverá uma possibilidade de reconciliação".

Assim afirmou o autor brasileiro no prólogo de uma nova edição de "O Alquimista", editada pela Planeta, no qual relata a história deste romance publicado em mais de 170 países e que lhe transformou em um dos escritores mais lidos do mundo.

Nela, Coelho (Rio de Janeiro, 1947) conta a aventura de Santiago, um jovem pastor andaluz que viaja desde sua terra natal até o deserto egípcio na busca de um tesouro oculto nas pirâmides, uma travessia na qual descobrirá sua riqueza interior.

Publicado em 1988, ninguém prestou atenção neste livro no Brasil, onde a editora rescindiu o contrato com Coelho, que então, lembra no prólogo, tinha 41 anos e estava "desesperado".

No entanto, indica que nunca perdeu a fé em seu livro porque nele estava seu coração e sua alma. "Eu estava perseguindo minha lenda pessoal, e meu tesouro era minha capacidade para a escritura. E queria compartilhar esse tesouro com o mundo", explica.

Outra editora deu uma segunda oportunidade a "O Alquimista" e, pouco a pouco, mediante "boca a boca" e após ser publicado nos Estados Unidos, "se transformou em um fenômeno espontâneo e orgânico", lembra.

Embora tenha sido escrito há muitos anos, o livro "não é nenhuma relíquia do passado", diz seu criador.

"A história de uma pessoa é a história de todas as pessoas e a busca de um homem é a busca de toda a Humanidade", sustenta Coelho, que diz que por isso é que tantos anos depois "segue sendo lido por pessoas de distintas culturas do mundo inteiro, comovendo emocionalmente e espiritualmente, todos por igual, sem preconceitos".