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Danos no teatro e na cidadela de Palmira não afetam estrutura básica

02/03/2017 15h51

Cairo, 2 mar (EFE).- O diretor-geral de Antiguidades da Síria, Maamun Abdelkarim, afirmou nesta quinta-feira à Agência Efe que, de acordo com as imagens às quais teve acesso, os danos causados pelo Estado Islâmico no teatro romano e na cidadela medieval de Palmira não afetaram a estrutura básica dos dois locais.

"Segundo as fotos que pudemos ver, é possível dizer que, em princípio, tanto o teatro como a cidadela estão em bom estado. Sofreram danos, mas a estrutura básica de ambos edifícios estão em bom estado", disse Abdelkarim em entrevista à Efe, ressaltando que ainda está esperando que especialistas verifiquem pessoalmente a situação dos dois patrimônios históricos.

A avaliação de Abdelkarim ocorre pouco depois de o Exército da Síria anunciar a libertação de Palmira, considerada como patrimônio da humanidade pelo Unesco, das mãos do Estado Islâmico.

O principal responsável de Antiguidades e Museus da Síria explicou que as fotos às quais teve acesso até o momento foram divulgadas através da internet. Especialistas que estão na cidade de Homs, capital da província onde está Palmira, visitarão as ruínas.

Abdelkarim, que alertou que a situação na região é muito perigosa devido às armadilhas e minas instaladas pelo Estado Islâmico, comentou que achava que os danos eram muito piores antes de ver as primeiras imagens dos dois patrimônios históricos.

"Quando sobrevoavam o teatro, pensava que eles tinham destruído toda a parte frontal, mas apenas uma pequena parte foi danificada. Na cidadela também há vários danos, mas o resto está ok", explicou.

O diretor-geral disse que ele mesmo viajará a Palmira no início da próxima semana para avaliar a situação. A cidade foi nos séculos I e II d.C um dos centros culturais mais importantes da época.

O Estado Islâmico conquistou Palmira em maio de 2015 e foi expulso oito meses depois pelos soldados sírios. Os terroristas, porém, conseguiram recuperar o controle da antiga cidade greco-romana em dezembro do ano passado antes de serem expulsos mais uma vez neste mês.