No 1º dia, Sapucaí tem de Michael Jackson a "A Divina Comédia"
Mar Marín.
Rio de Janeiro, 27 fev (EFE).- Só na emblemática passarela do samba do Rio de Janeiro é possível evocar, na mesma noite, Michael Jackson e Ray Charles, recriar o inferno descrito por Dante Alighieri em "A divina comédia" e reivindicar a cultura indígena, no meio de uma grande festa.
As seis escolas que abriram os desfiles do Grupo Especial do Carnaval do Rio, no Sambódromo, voltaram a provar que este é o maior espetáculo do mundo. Durante mais de oito horas, 19.200 músicos e dançarinos passaram pela Sapucaí, seja caminhando ou em um dos 36 imponentes carros alegóricos que avançaram pelo templo do samba, em uma noite que começou com chuva e um acidente.
A Paraíso do Tuiuti, encarregada de abrir os desfiles com uma homenagem ao Tropicalismo, dificilmente completará o sonho de continuar entres as grandes depois do acidente. O último carro alegórico da escola perdeu o controle durante uma manobra, se chocou com a lateral da passarela e, ao tentar voltar, atropelou várias pessoas. Os bombeiros atenderam pelo menos 20, embora oito tenham precisado ir a hospitais próximos. Três pessoas continuam internadas no Hospital Miguel Couto.
O acidente provocou pânico, mas a maioria dos mais de 72 mil espectadores que lotava a Sapucaí nem soube do ocorrido.
O desfile sofreu um atraso de cerca uma hora, mas depois foi retomado, dando passagem à Grande Rio e sua homenagem à cantora Ivete Sangalo e à Bahia.
A terceira a desfilar foi Imperatriz Leopoldinense, com um tema que gerou polêmica há algum tempo: a preservação da Amazônia. O enredo desagradou políticos e certos setores agrários.
A Vila Isabel, a quarta a entrar, mobilizou 3.600 pessoas em um espetáculo que evocou as raízes africanas e seu legado na música. A escola surpreendeu com uma encenação que homenageou personagens como Michael Jackson, Ray Charles, Stevie Wonder e Tina Turner em um monumental carro alegórico onde também "dançaram" os "The Jackson 5".
O Salgueiro apostou em uma viagem ao inferno, carnavalizando o texto de Dante Alighieri, embora a versão das "profundezas" da escola tenha sido muito mais atraente do que a do escritor italiano. Gigantescos carros alegóricos em vermelho avançaram pela avenida com milhares de dançarinos vestidos chamativas cores, como amarelo, rosa, verde e roxo.
Na nova versão, a jovem musa de Dante usa uma fantasia que deixa pouco à imaginação, já que mantém descoberta boa parte do corpo, mesmo composta por 3.500 plumas.
A Beija-Flor ficou encarregada de encerrar o primeiro dia de desfiles. A escola entrou na Marquês de Sapucai quando já tinha amanhecido e arrancou uma gigantesca ovação do público com sua recriação de Iracema, de José de Alencar.
Rio de Janeiro, 27 fev (EFE).- Só na emblemática passarela do samba do Rio de Janeiro é possível evocar, na mesma noite, Michael Jackson e Ray Charles, recriar o inferno descrito por Dante Alighieri em "A divina comédia" e reivindicar a cultura indígena, no meio de uma grande festa.
As seis escolas que abriram os desfiles do Grupo Especial do Carnaval do Rio, no Sambódromo, voltaram a provar que este é o maior espetáculo do mundo. Durante mais de oito horas, 19.200 músicos e dançarinos passaram pela Sapucaí, seja caminhando ou em um dos 36 imponentes carros alegóricos que avançaram pelo templo do samba, em uma noite que começou com chuva e um acidente.
A Paraíso do Tuiuti, encarregada de abrir os desfiles com uma homenagem ao Tropicalismo, dificilmente completará o sonho de continuar entres as grandes depois do acidente. O último carro alegórico da escola perdeu o controle durante uma manobra, se chocou com a lateral da passarela e, ao tentar voltar, atropelou várias pessoas. Os bombeiros atenderam pelo menos 20, embora oito tenham precisado ir a hospitais próximos. Três pessoas continuam internadas no Hospital Miguel Couto.
O acidente provocou pânico, mas a maioria dos mais de 72 mil espectadores que lotava a Sapucaí nem soube do ocorrido.
O desfile sofreu um atraso de cerca uma hora, mas depois foi retomado, dando passagem à Grande Rio e sua homenagem à cantora Ivete Sangalo e à Bahia.
A terceira a desfilar foi Imperatriz Leopoldinense, com um tema que gerou polêmica há algum tempo: a preservação da Amazônia. O enredo desagradou políticos e certos setores agrários.
A Vila Isabel, a quarta a entrar, mobilizou 3.600 pessoas em um espetáculo que evocou as raízes africanas e seu legado na música. A escola surpreendeu com uma encenação que homenageou personagens como Michael Jackson, Ray Charles, Stevie Wonder e Tina Turner em um monumental carro alegórico onde também "dançaram" os "The Jackson 5".
O Salgueiro apostou em uma viagem ao inferno, carnavalizando o texto de Dante Alighieri, embora a versão das "profundezas" da escola tenha sido muito mais atraente do que a do escritor italiano. Gigantescos carros alegóricos em vermelho avançaram pela avenida com milhares de dançarinos vestidos chamativas cores, como amarelo, rosa, verde e roxo.
Na nova versão, a jovem musa de Dante usa uma fantasia que deixa pouco à imaginação, já que mantém descoberta boa parte do corpo, mesmo composta por 3.500 plumas.
A Beija-Flor ficou encarregada de encerrar o primeiro dia de desfiles. A escola entrou na Marquês de Sapucai quando já tinha amanhecido e arrancou uma gigantesca ovação do público com sua recriação de Iracema, de José de Alencar.
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