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Telefone pessoal de Adolf Hitler é vendido por R$ 751 mil nos EUA

Telefone usado por Adolf Hitler em seu bunker - Patrick Semansky/AP Photo
Telefone usado por Adolf Hitler em seu bunker Imagem: Patrick Semansky/AP Photo

Pedro Alonso

De Washington (EUA)

20/02/2017 16h33

O telefone pessoal de Adolf Hitler, retirado de seu bunker após a queda do regime nazista e guardado desde 1945 foi vendido nesta segunda-feira (20) US$ 243 mil (cerca de R$ 750,6 mil) nos Estados Unidos.

O objeto, descrito no catálogo como "a arma mais destrutiva de todos os tempos, que mandou milhões (de pessoas) até a morte", foi arrematado em um leilão de artigos militares com um preço estimado de entre US$ 200 mil (R$ 617,8 mi) e US$ 300 mil (R$ 926,7 mil).

Fabricado em baquelite pela empresa alemã Siemens, o aparelho foi parar nas mãos de um "colecionador privado da América do Norte", disse o vice-presidente da casa de leilões Alexander Historical Auctions, Andreas Kornfeld, sem revelar mais detalhes sobre o comprador.

Até o dia hoje, o telefone estava guardado em uma maleta de couro que o britânico Ranulf Rayner, de 82 anos, herdou de seu pai, o brigadeiro Ralph Rayner, talvez o primeiro militar não soviético a acessar profundezas do bunker de Hitler.

Detalhe da inscrição com nome de Adolf Hitler na parte de trás do telefone  - Patrick Semansky/AP - Patrick Semansky/AP
Detalhe da inscrição com nome de Adolf Hitler na parte de trás do telefone
Imagem: Patrick Semansky/AP

Na parte de trás do aparelho, que o líder usou durante os dois últimos anos da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), se lê claramente o nome de Adolf Hitler em letras maiúsculas, gravado junto ao símbolo do Partido Nazista.

Após render as tropas alemãs que protegiam Berlim em 2 de maio desse de 1945, o exército soviético tomou o controle da devastada capital alemã.

Dias depois, o brigadeiro Ralph Rayner cumpriu a ordem do marechal britânico Bernard Montgomery de estabelecer contato com o Exército Vermelho em Berlim, onde foi finalmente recebido pelos vitoriosos soldados soviéticos, que o convidaram a visitar o bunker de Hitler.

Como presente, os militares russos ofereceram um telefone preto encontrado no quarto de Eva Braun, esposa do líder nazista, mas o oficial britânico declinou a oferta e escolheu outro de cor vermelha.

Segundo Ranulf Rayner, filho do brigadeiro, seu pai "nunca o viu (o telefone) como uma relíquia dos dias gloriosos de Hitler, mas sim como um maltratado retrato de sua derrota".