"Tarde para la ira" ganha Goya, o Oscar espanhol, de melhor filme
Alicia García de Francisco.
Madri, 5 fev (EFE).- A estreia na direção do ator Raúl Arévalo levou neste sábado o Prêmio Goya - o Oscar do cinema espanhol - de melhor filme por "Tarde para la ira", embora a obra mais premiada da edição foi "Un monstruo viene a verme", de J.A.Bayonne, em uma noite que teve o toque argentino de "El ciudadano ilustre", melhor filme ibero-americano.
A 31ª edição dos Goya não trouxe muitas surpresas e os prêmios foram divididos entre os dois grandes favoritos, o thriller "Tarde para la ira", que levou quatro, e a fantasia de "Um monstruo vem a verme", que acabou com nove das 12 indicações que tinha.
O filme de Bayonne era o mais indicado da noite e levou quase todos os prêmios aos quais concorria, incluindo o de melhor diretor, mas lhe faltou a cereja do bolo, o Goya de melhor filme, que foi para o estreante Arévalo.
O seco olhar de Arévalo sobre a violência e a marginalidade ganhou também os Goya de melhor ator coadjuvante, para Manolo Solo, e melhor roteiro original, para Arévalo e David Pulido.
"Um sonho realizado", afirmou Arévalo, que demorou oito anos para poder concretizar seu filme e que esta noite atingiu um marco só alcançado em outras três ocasiões, que um primeiro filme vença na categoria principal.
O filme de Bayonne ficou com os Goya de melhor diretor, fotografia, maquiagem e barbearia, direção de arte, direção de produção, efeitos especiais, trilha sonora, som e montagem.
Mas sem dúvida o maior destaque da noite tenha sido o prêmio duplo para Emma Suárez, que ganhou os Goya de melhor atriz protagonista - por "Julieta", de Pedro Almodóvar - e melhor atriz coadjuvante - por "La próxima piel", de Isaki Lacuesta e Isa Campos.
Tanto Emma como Roberto Álamo, que conquistou o Goya de melhor ator protagonista por seu policial em "Que Dios nos perdone", o thriller de Rodrigo Sorogoyen, ressaltaram que apenas 8% dos atores pode viver de seu ofício.
Na parte internacional, o francês "Elle" levou o prêmio de melhor filme europeu e os argentinos Gastón Duprat e Mariano Cohn o Goya de melhor filme ibero-americano por "El ciudadano ilustre".
É o terceiro ano consecutivo com vitória argentina nesta categoria, após os de "Relatos Selvagens", de Damián Szifrón, e "O clã", de Pablo Trapero.
A região ibero-americana teve também protagonismo na festa dos Goya com o prêmio de melhor documentário, que foi para "Frágil equilibrio", articulado em torno de uma entrevista com o ex-presidente do Uruguai José Mújica.
A festa, realizada no Marriott Hotel Auditorium de Madrid, conseguiu ser mais curta que as de anos anteriores, em parte graças à ajuda da Film Symphony Orchestra, que além de colocar música, convidava os vencedores a encurtar seus discursos.
Madri, 5 fev (EFE).- A estreia na direção do ator Raúl Arévalo levou neste sábado o Prêmio Goya - o Oscar do cinema espanhol - de melhor filme por "Tarde para la ira", embora a obra mais premiada da edição foi "Un monstruo viene a verme", de J.A.Bayonne, em uma noite que teve o toque argentino de "El ciudadano ilustre", melhor filme ibero-americano.
A 31ª edição dos Goya não trouxe muitas surpresas e os prêmios foram divididos entre os dois grandes favoritos, o thriller "Tarde para la ira", que levou quatro, e a fantasia de "Um monstruo vem a verme", que acabou com nove das 12 indicações que tinha.
O filme de Bayonne era o mais indicado da noite e levou quase todos os prêmios aos quais concorria, incluindo o de melhor diretor, mas lhe faltou a cereja do bolo, o Goya de melhor filme, que foi para o estreante Arévalo.
O seco olhar de Arévalo sobre a violência e a marginalidade ganhou também os Goya de melhor ator coadjuvante, para Manolo Solo, e melhor roteiro original, para Arévalo e David Pulido.
"Um sonho realizado", afirmou Arévalo, que demorou oito anos para poder concretizar seu filme e que esta noite atingiu um marco só alcançado em outras três ocasiões, que um primeiro filme vença na categoria principal.
O filme de Bayonne ficou com os Goya de melhor diretor, fotografia, maquiagem e barbearia, direção de arte, direção de produção, efeitos especiais, trilha sonora, som e montagem.
Mas sem dúvida o maior destaque da noite tenha sido o prêmio duplo para Emma Suárez, que ganhou os Goya de melhor atriz protagonista - por "Julieta", de Pedro Almodóvar - e melhor atriz coadjuvante - por "La próxima piel", de Isaki Lacuesta e Isa Campos.
Tanto Emma como Roberto Álamo, que conquistou o Goya de melhor ator protagonista por seu policial em "Que Dios nos perdone", o thriller de Rodrigo Sorogoyen, ressaltaram que apenas 8% dos atores pode viver de seu ofício.
Na parte internacional, o francês "Elle" levou o prêmio de melhor filme europeu e os argentinos Gastón Duprat e Mariano Cohn o Goya de melhor filme ibero-americano por "El ciudadano ilustre".
É o terceiro ano consecutivo com vitória argentina nesta categoria, após os de "Relatos Selvagens", de Damián Szifrón, e "O clã", de Pablo Trapero.
A região ibero-americana teve também protagonismo na festa dos Goya com o prêmio de melhor documentário, que foi para "Frágil equilibrio", articulado em torno de uma entrevista com o ex-presidente do Uruguai José Mújica.
A festa, realizada no Marriott Hotel Auditorium de Madrid, conseguiu ser mais curta que as de anos anteriores, em parte graças à ajuda da Film Symphony Orchestra, que além de colocar música, convidava os vencedores a encurtar seus discursos.
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