Orquestra pró-diversidade faz campanha para tocar na posse de Trump
Lorenzo E. Castro.
Miami, 18 dez (EFE).- A Sinfônica Juvenil do Sul da Flórida (SFYS) quer mostrar o fruto de 52 anos de promoção da diversidade na música clássica em um festival que acontecerá em Washington no início do próximo mandato presidencial.
O problema é que ainda não há dinheiro suficiente para a viagem, mas seus cerca de 200 integrantes, entre quatro e 21 anos de idade, acreditam que podem em breve fazer as malas graças às campanhas de arrecadação de fundos das quais estão participando.
Todo domingo os jovens vão a um campus da universidade Miami Dade College (MDC) para ensaiar. No palco, com cada um concentrado em seu instrumento, é perceptível a diversidade étnica entre os membros da orquestra.
São jovens provenientes de todos os cantos da cidade e "de todas as condições econômicas", afirmou à Agência Efe a diretora-executiva e musical da SFYS, Marjorie Hahn.
"Normalmente não são escolhidos nas principais orquestras sinfônicas do país", acrescentou a diretora, que quer que o projeto ajude seus integrantes a cobrirem esses vazios em nível nacional.
"E eventualmente começar a mudar a diversidade, e garantir que alguns destes talentosos meninos entrem em uma dessas orquestras", completou Marjorie, que aos 15 anos de idade começou tocando trompa na orquestra, fundada por seu padrasto.
A direção e os jovens membros da SFYS, que atuou em palcos nacionais, como o famoso Carnegie Hall de Nova York, e internacionais, ajustam a etapa final de uma campanha de arrecadação de fundos para viajarem a Washington em janeiro.
O motivo é atender a um convite da organização do Heritage Festival, que será realizado na capital americana durante a posse do novo governo, liderado por Donald Trump, que defendeu a necessidade de deportar milhões de imigrantes ilegais e de construir um muro na fronteira com o México.
A SFYS está convidada a tocar em um dos vários palcos distribuídos pela cidade para o evento.
A viagem representa uma oportunidade única para os integrantes da orquestra, muitos dos quais nunca viajaram para fora do condado Miami-Dade e cujas famílias não podem arcar com uma despesa desta natureza.
O violinista Yosvani Rodríguez, de 16 anos e filho de cubanos, confessou à Efe que nunca foi a "um lugar tão longe" e a possível viagem representa "uma grande oportunidade", especialmente porque no futuro ele gostaria de compor músicas.
"Meu sonho é tocar em uma orquestra", afirmou o jovem, que há cinco anos começou a tocar violino, instrumento que lhe permite se "desconectar" e se expressar de maneira única.
Por sua vez, Leslie Lozano, de pais dominicanos e também violinista, declarou que ela e seus companheiros estão se preparando muito para o festival em Washington, cidade que também não conhece.
Christopher Barreto, baixista de 19 anos e estudante de Engenharia Química, já sabe que não fará parte da excursão a Washington por falta de tempo e de dinheiro. Apesar disso, e mesmo estudando para uma carreira alheia à música, não deixa de ensaiar como os demais.
Já a descendente de cubanos Kaitlyn (violino) e a argentina Florença (viola) farão parte do grupo que irá à capital. Para ambas, fazer parte desta orquestra e estudar música é algo primordial em suas vidas.
"Adoro tocar minha viola porque me sinto única com meu instrumento e sempre estou feliz quando toco. É uma forma de me libertar", disse a argentina, de 16 anos, há cinco com a SFYS.
Após um concerto no domingo passado na Florida Memorial University, que serviu para arrecadar donativos para sua campanha, a orquestra juvenil encerrou sua agenda de 2016 e agora se concentrará totalmente na viagem a Washington.
"Queremos ver com nossos próprios olhos a inauguração da nova administração presidencial", ressaltou Marjorie.
No entanto, ainda é preciso juntar US$ 10 mil antes do fim do ano. Para tanto, a SFYS abriu uma campanha no site "gofundme.com" prometendo se esforçar ao máximo para voltar a Miami com algum prêmio.
Miami, 18 dez (EFE).- A Sinfônica Juvenil do Sul da Flórida (SFYS) quer mostrar o fruto de 52 anos de promoção da diversidade na música clássica em um festival que acontecerá em Washington no início do próximo mandato presidencial.
O problema é que ainda não há dinheiro suficiente para a viagem, mas seus cerca de 200 integrantes, entre quatro e 21 anos de idade, acreditam que podem em breve fazer as malas graças às campanhas de arrecadação de fundos das quais estão participando.
Todo domingo os jovens vão a um campus da universidade Miami Dade College (MDC) para ensaiar. No palco, com cada um concentrado em seu instrumento, é perceptível a diversidade étnica entre os membros da orquestra.
São jovens provenientes de todos os cantos da cidade e "de todas as condições econômicas", afirmou à Agência Efe a diretora-executiva e musical da SFYS, Marjorie Hahn.
"Normalmente não são escolhidos nas principais orquestras sinfônicas do país", acrescentou a diretora, que quer que o projeto ajude seus integrantes a cobrirem esses vazios em nível nacional.
"E eventualmente começar a mudar a diversidade, e garantir que alguns destes talentosos meninos entrem em uma dessas orquestras", completou Marjorie, que aos 15 anos de idade começou tocando trompa na orquestra, fundada por seu padrasto.
A direção e os jovens membros da SFYS, que atuou em palcos nacionais, como o famoso Carnegie Hall de Nova York, e internacionais, ajustam a etapa final de uma campanha de arrecadação de fundos para viajarem a Washington em janeiro.
O motivo é atender a um convite da organização do Heritage Festival, que será realizado na capital americana durante a posse do novo governo, liderado por Donald Trump, que defendeu a necessidade de deportar milhões de imigrantes ilegais e de construir um muro na fronteira com o México.
A SFYS está convidada a tocar em um dos vários palcos distribuídos pela cidade para o evento.
A viagem representa uma oportunidade única para os integrantes da orquestra, muitos dos quais nunca viajaram para fora do condado Miami-Dade e cujas famílias não podem arcar com uma despesa desta natureza.
O violinista Yosvani Rodríguez, de 16 anos e filho de cubanos, confessou à Efe que nunca foi a "um lugar tão longe" e a possível viagem representa "uma grande oportunidade", especialmente porque no futuro ele gostaria de compor músicas.
"Meu sonho é tocar em uma orquestra", afirmou o jovem, que há cinco anos começou a tocar violino, instrumento que lhe permite se "desconectar" e se expressar de maneira única.
Por sua vez, Leslie Lozano, de pais dominicanos e também violinista, declarou que ela e seus companheiros estão se preparando muito para o festival em Washington, cidade que também não conhece.
Christopher Barreto, baixista de 19 anos e estudante de Engenharia Química, já sabe que não fará parte da excursão a Washington por falta de tempo e de dinheiro. Apesar disso, e mesmo estudando para uma carreira alheia à música, não deixa de ensaiar como os demais.
Já a descendente de cubanos Kaitlyn (violino) e a argentina Florença (viola) farão parte do grupo que irá à capital. Para ambas, fazer parte desta orquestra e estudar música é algo primordial em suas vidas.
"Adoro tocar minha viola porque me sinto única com meu instrumento e sempre estou feliz quando toco. É uma forma de me libertar", disse a argentina, de 16 anos, há cinco com a SFYS.
Após um concerto no domingo passado na Florida Memorial University, que serviu para arrecadar donativos para sua campanha, a orquestra juvenil encerrou sua agenda de 2016 e agora se concentrará totalmente na viagem a Washington.
"Queremos ver com nossos próprios olhos a inauguração da nova administração presidencial", ressaltou Marjorie.
No entanto, ainda é preciso juntar US$ 10 mil antes do fim do ano. Para tanto, a SFYS abriu uma campanha no site "gofundme.com" prometendo se esforçar ao máximo para voltar a Miami com algum prêmio.
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