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Museu do Hambúrguer de Miami mostra nostalgia e estética do fast-food

11/12/2016 10h03

Emilio J. López.

Miami, 11 dez (EFE).- Com hambúrguer, design e nostalgia como ingredientes básicos no menu, o Burger Beast Museum, em Miami (Estados Unidos), abriu suas portas com uma exposição fascinante de mais de dois mil objetos que combinam todo sabor e a história do fast-food americano.

Um uniforme feminino dos anos 40 da rede de fast-food Krystal, já extinta, o manequim do palhaço Ronald McDonald de 1940 e um cartaz do Burger King anunciando seu clássico Whopper a 45 centavos são alguns dos objetos exibidos neste sugestivo museu temático, único de seu tipo nos Estados Unidos.

"É um museu histórico e o único de hambúrgueres nos Estados Unidos, uma coleção de mais de duas mil peças que fui colecionando durante anos" e vão desde a década de 1930 até os dias atuais, disse à Agência Efe Sef González, proprietário do museu, que abriu suas portas na semana passada, no Magic City Casino, para satisfação dos famintos por nostalgia.

González é um popular blogueiro do sul da Flórida especializado em gastronomia e conhecido também pelo carinhoso apelido de "Burger Best" por sua "dependência" de hambúrgueres, que o levou a viajar por todo os Estados Unidos na busca pelos locais mais autênticos.

Com uma pitada de cumplicidade, González revela qual é seu estabelecimento preferido: Bill Hamburgers, fundado em 1929 na cidade de Amory (Mississipi), durante a Grande Depressão, quando os hambúrgueres custavam 5 centavos.

Qual é o segredo dos hambúrgueres de Bill Hamburgers? González diz que a chave para a excelência é que os hambúrgueres "são bastante simples, sem tantas coisas acrescentadas que podem fazer a carne de primeira qualidade perder seu sabor".

"Eu realmente gosto muito do Bill Hamburgers, porque são bem simples: mostarda, cebola, queijo, pepinos em conservas e um pãozinho simples", detalhou o colecionador, enquanto mostrava os objetos e miniaturas que se acumulam com ordem e zelo nos expositores.

Desde fotografias de antigos restaurantes, copos de coleção e menus de cadeias nacionais de fast-food até bolsinhas "vintage" de ketchup e caixas para hambúrgueres, passando por letreiros metálicos como o do Burger Castle, da década de 1960, ou uma máquina recreativa BurgerTime, que mostra uma viagem divertida no tempo que ilustra 80 anos de história do fast-food no país.

Na entrada do museu é exibida a primeira peça que foi recebida anos atrás por González e que se tornou o gatilho para sua vocação do ato de colecionar: um simpático letreiro em forma de rosto de um cozinheiro com gorro de 1954, da rede de fast-food Burger Chef, que acabou adquirindo o gigante Arby's.

Pequenos cartazes na parede ou perto das vitrines descrevem cada um dos objetos expostos e conservados em perfeito estado, grande número de miniaturas cheias de história e sedução que o visitante vai descobrindo durante a exposição.

"Isto parece que não vai parar. Sigo colecionado há oito anos e, além disso, as pessoas doam objetos ao museu", comentou um entusiasmado González, quem não esconde seu amor e carinho pela coleção exposta no museu.

Sef González é um homem de grande apetite, um voraz degustador de hambúrgueres desde menino, de quem herdou do avô a paixão por conhecer a história das coisas.

"E a história que existe por trás do mundo dos hambúrgueres é incrível. Por isso é que o público adora o museu. Eu gostaria que isto não se perdesse e que os pais trouxessem seus filhos para conhecer a história dos locais que já não existem e que muitos deles conheceram", afirmou.

Um cartaz na parede de um dos corredores do museu contém uma frase atribuída ao ator americano Matthew Mcconaughey com sua fotografia: "O homem que inventou o hambúrguer com queijo (cheeseburger) era um gênio".

É uma frase que sintetiza de maneira magistral o encanto desta exposição icônica e mostra com fervor esta invenção culinária.