Unesco adota polêmica resolução sobre Jerusalém e indigna Israel
Paris, 18 out (EFE).- A Unesco adotou nesta terça-feira finalmente a resolução sobre a preservação do patrimônio cultural e religioso em Jerusalém Oriental, o que indignou Israel ao ignorar o vínculo entre o judaísmo e a Esplanada das Mesquitas (Monte do Templo para os judeus e Mesquita de al-Aqsa para os muçulmanos).
O conselho executivo da Unesco referendou o que foi votado na quinta-feira pela comissão, apesar do México ter pedido ontem à noite mudança em seu o voto para uma abstenção, algo que finalmente não foi aceito pela organização da ONU com sede em Paris, segundo explicou à Agência EFE uma porta-voz do organismo.
Assim, 24 países votaram a favor -entre eles México-, seis contra, houve 26 abstenções e dois países ausentes, afirmou a mesma fonte.
Votaram contra Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Holanda, Lituânia e Estônia, enquanto países europeus como França e Espanha se abstiveram.
A resolução que foi adotada hoje ignora o vínculo entre o Monte do Templo de Jerusalém e o judaísmo, limitando-se a considerar um lugar de culto muçulmano a Mesquita de al-Aqsa.
Embora a Esplanada das Mesquitas seja um lugar de culto exclusivamente muçulmano, é também venerada pelos judeus como seu lugar mais sagrado, ao ser o ponto onde foram erigidos os dois templos bíblicos de Jerusalém.
O texto da resolução tinha sido proposto pela Palestina, apoiada pelo Egito, Argélia, Marrocos, Líbano, Omã, Catar e Sudão, e no mesmo fica incluída uma enérgica condenação a Israel pela gestão dos lugares sagrados de Jerusalém.
No México, o voto favorável à resolução criou polêmica até tal ponto do embaixador deste país perante a Unesco ser destituído "por não ter informado diligentemente e com meticulosidade do contexto no qual ocorreu o processo de votação", afirmou em comunicado a Secretaria de Relações Exteriores (SRE).
Segundo a SRE, o México decidiu mudar de voto como reconhecimento que seu governo outorga "ao vínculo inegável do povo judeu com o patrimônio cultural situado em Jerusalém Oriental".
No entanto, a porta-voz da Unesco explicou a Efe que "o voto não pode ser modificado", por isso que a apuração final "continua sendo a mesmo".
Considerado o terceiro lugar mais sagrado do islã após Meca e Medina, a mesquita foi erigida no lugar que os judeus consideram que abrigava os dois templos bíblicos, o de Salomón e o de Herodes.
Israel, que controla a zona desde que na Guerra dos Seis Dias de 1967 ocupou a parte oriental de Jerusalém, permite o acesso dos muçulmanos às mesquitas para que possam orar, embora em algumas ocasiões há restrições por razões de segurança que determinam as autoridades israelenses.
O conselho executivo da Unesco referendou o que foi votado na quinta-feira pela comissão, apesar do México ter pedido ontem à noite mudança em seu o voto para uma abstenção, algo que finalmente não foi aceito pela organização da ONU com sede em Paris, segundo explicou à Agência EFE uma porta-voz do organismo.
Assim, 24 países votaram a favor -entre eles México-, seis contra, houve 26 abstenções e dois países ausentes, afirmou a mesma fonte.
Votaram contra Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Holanda, Lituânia e Estônia, enquanto países europeus como França e Espanha se abstiveram.
A resolução que foi adotada hoje ignora o vínculo entre o Monte do Templo de Jerusalém e o judaísmo, limitando-se a considerar um lugar de culto muçulmano a Mesquita de al-Aqsa.
Embora a Esplanada das Mesquitas seja um lugar de culto exclusivamente muçulmano, é também venerada pelos judeus como seu lugar mais sagrado, ao ser o ponto onde foram erigidos os dois templos bíblicos de Jerusalém.
O texto da resolução tinha sido proposto pela Palestina, apoiada pelo Egito, Argélia, Marrocos, Líbano, Omã, Catar e Sudão, e no mesmo fica incluída uma enérgica condenação a Israel pela gestão dos lugares sagrados de Jerusalém.
No México, o voto favorável à resolução criou polêmica até tal ponto do embaixador deste país perante a Unesco ser destituído "por não ter informado diligentemente e com meticulosidade do contexto no qual ocorreu o processo de votação", afirmou em comunicado a Secretaria de Relações Exteriores (SRE).
Segundo a SRE, o México decidiu mudar de voto como reconhecimento que seu governo outorga "ao vínculo inegável do povo judeu com o patrimônio cultural situado em Jerusalém Oriental".
No entanto, a porta-voz da Unesco explicou a Efe que "o voto não pode ser modificado", por isso que a apuração final "continua sendo a mesmo".
Considerado o terceiro lugar mais sagrado do islã após Meca e Medina, a mesquita foi erigida no lugar que os judeus consideram que abrigava os dois templos bíblicos, o de Salomón e o de Herodes.
Israel, que controla a zona desde que na Guerra dos Seis Dias de 1967 ocupou a parte oriental de Jerusalém, permite o acesso dos muçulmanos às mesquitas para que possam orar, embora em algumas ocasiões há restrições por razões de segurança que determinam as autoridades israelenses.
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