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Em forma de Lego, Mona Lisa e Pelé são destaques de exposição em São Paulo

09/08/2016 21h45

Fabio Manzano.

São Paulo, 9 ago (EFE).- Para algumas pessoas elas podem se tratar de um brinquedo infantil, mas, para o artista americano Nathan Sawaya, as peças coloridas da marca Lego são a "matéria-prima" para construir, entre outras coisas, réplicas de clássicos da cultura universal.

A mostra "The art of the brick" estreia no próximo dia 11 de agosto em São Paulo, em sua primeira passagem pela América Latina após ser exposta nos Estados Unidos.

A exposição começa com uma réplica do escritório de Sawaya, onde são exibidos alguns dos estudos realizados pelo artista para analisar a proporcionalidade, a cor e a textura que compõem as esculturas produzidas a partir do clássico brinquedo infantil.

"Eu escolhi as peças de Lego como material para meu trabalho por duas razões: a primeira delas é porque gosto da aparência única de seus contornos", afirmou à Agência Efe Nathan Sawaya.

A influência da pop art é refletida na homenagem do artista a Andy Warhol, cujo rosto formado por peças de Lego, do tamanho de um pôster, enfeita a galeria de "retratos".

Na mesma sala surge um enorme Pelé bidimensional, um "presente especial" para os brasileiros em meio aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, os primeiros realizados na América do Sul.

O David de Michelangelo, a Mona Lisa de Leonardo da Vinci e o Pensador de Rodin, todos eles construídos com as peças de plástico, também ocupam um lugar privilegiado na exposição, que estará aberta ao público até o próximo dia 30 de outubro e depois será levada para o Rio de Janeiro.

"Encontro minha inspiração nas exposições ao redor do mundo. Posso visitar culturas diferentes, ir a locais diferentes, com pessoas diferentes, por isso carrego um caderninho para esboços", contou Sawaya.

O americano também expressa em sua arte os sentimentos humanos, como a raiva ou a alegria, através de máscaras de Lego colocadas ao longo da mostra.

Sem perder a magia da infância, o artista destaca também um gigantesco dinossauro de mais de 80 mil peças, a última das obras que estarão presentes na exposição no Brasil.

"É mágico que, quando se vê minha arte de perto, é possível perceber que ela é feita de pequenas peças retangulares, mas, quando se olha de longe, o que se vê é que os ângulos retos e as pontas se misturam com as curvas", afirmou o artista.