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Beyoncé publica forte crítica à violência policial contra negros nos EUA

07/07/2016 21h00

Los Angeles (EUA.), 7 jul (EFE).- A cantora americana Beyoncé publicou nesta quinta-feira uma forte crítica às recentes mortes de cidadãos negros por policiais dos Estados Unidos e ressaltou que a comunidade não precisa de compaixão, mas respeito sim por suas vidas.

A artista citava casos como o de Alton Sterling, um homem negro de 37 anos morto na terça-feira em Baton Rouge, na Louisiana, por dois policiais brancos, e do jovem Philando Castile, que morreu ontem em Falcon Heights, em Minnesota, em outro incidente com agentes que o prenderam por uma infração de trânsito.

"Estamos nojentos e cansados dos assassinatos de homens e mulheres jovens em nossa comunidade. Depende de nós dar um passo adiante e exigir que deixem de nos matar", escreveu a cantora em uma nota divulgada em seu site oficial.

"Não precisamos de compaixão. Precisamos que todos respeitem nossas vidas. Vamos dar um passo adiante como comunidade e lutar contra todos os que acham que o assassinato ou qualquer outra ação violenta contra aqueles que juraram nos proteger devem ficar constantemente impunes", completou Beyoncé.

A cantora, geralmente reticente a falar com a imprensa, tem se mostrado especialmente ativa em erguer sua voz contra a brutalidade policial como com o clipe que gravou sobre o tema, "Formation", publicado em fevereiro, e que gerou críticas por parte de alguns políticos conservadores americanos.

"Esses roubos de vida nos fazem sentir sem esperança e desesperados. Mas temos que crer que estamos lutando pelos direitos da próxima geração, para os homens e mulheres jovens que acreditam no bem", indicou a cantora, ao ressaltar que está é "uma luta humana".

"Não importa a raça, o gênero ou a orientação sexual. Esta é uma luta para qualquer um que se sente marginalizado e que não tem direito à liberdade e aos direitos humanos", afirmou na nota.

Na mensagem, a cantora quis deixar claro que o texto não era uma crítica contra todos os policiais, mas contra "aqueles seres humanos que não sabem avaliar a vida".

"A guerra contra as pessoas de cor e contra todas as minorias deve acabar. O medo não é uma desculpa. O ódio não vencerá", concluiu a cantora.