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Vendida por R$ 215,4 mi, tela de Picasso torna-se obra cubista mais cara

A obra "Femme Assise", do pintor Pablo Picasso, é exposta em Hong Kong - Ng Wing Kin/Xinhua
A obra "Femme Assise", do pintor Pablo Picasso, é exposta em Hong Kong Imagem: Ng Wing Kin/Xinhua

De Londres (Reino Unido)

21/06/2016 17h37

A pintura "Femme Assise" ("Mulher Sentada"), do espanhol Pablo Picasso, tornou-se nesta terça-feira (21) a obra cubista mais cara já leiloada, ao ser arrematada em Londres por 43,2 milhões de libras (R$ 215,4 milhões).

A casa Sotheby's informou que esta obra é, além disso, a peça de arte mais cara leiloada nos últimos cinco anos na capital britânica.

A tela, que tinha sido vendida pela última vez há 43 anos, superou as expectativas da casa londrina, que esperava negociá-la por 28 milhões de libras (R$ 139,6 milhões).

Este retrato, no qual Picasso eternizou em 1909 o rosto de sua amante Fernande Oliver, era a estrela indiscutível de um leilão de obras impressionistas e de arte moderna da Sotheby's.

"Todas as outras obras das séries de Picasso, com uma ou duas exceções, se encontram em museus públicos, portanto, para os colecionadores, poder adquirir esta peça é uma oportunidade excepcional que surge poucas vezes", afirmou à agência Efe James Mackie, especialista da casa de leilões.

A importância desta tela, que já foi exposta no Museum of Modern Art (Moma) em Nova York e na Tate Gallery de Londres, entre outros prestigiados museus, está no fato de ser uma das obras que iniciaram o cubismo.

"No contexto da arte moderna, 'Femme assise' é um elemento-chave, já que marca os começos de um movimento pictórico que derivou por sua vez no construtivismo, no futurismo e na arte abstrata", declarou Mackie.

"Les femmes d'Alger (versão 'O')", também assinada por Picasso, se transformou em maio de 2015 na pintura mais cara jamais vendida em um leilão, depois que a casa Christie's de Nova York pulverizou recordes ao arrecadar US$ 179 milhões (cerca de US$ 609 milhões) por ela.

Além da peça de Picasso, a Sotheby's levou a leilão hoje em Londres um retrato de Jeanne Hébuterne, a musa do artista italiano Amadeo Modigliani, cujo preço final alcançou 38,5 milhões de libras (R$ 190,8 milhões).

Também foram leiloadas uma litografia de "O grito", de Edvard Munch, de 1895, por 1,8 milhão de libras (R$ 8,3 milhões), e a obra "Nature morte aux pommes", do pós-impressionista Paul Gauguin, adquirida por 3,3 milhões de libras (R$ 16,3 milhões).

Por sua vez, a escultura de bronze "Ève" (1881), de Auguste Rodin, que fez parte da coleção privada do ator Sylvester Stallone, ficou sem comprador ao não alcançar o preço de reserva.

O cubismo é uma das vanguardas pictóricas surgidas no século XX que rompe com a pintura tradicional, ao basear as composições em corpos geométricos.

6 Comentários

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Hamilton Cabral

O mundo chegou no seu final, milhões de pessoas morrendo de fome,e alguém compra uma porcaria dessas que qualquer pessoa imprime em uma maquina em menos de minuto. Um absurdo!

Phillip Oliverfields

Feio. Eu prefereria um Escher, que tem mais conteúdo e mais graça (mas é claro, Escher não era exatamente um pintor mas um desenhista e artista gráfico, então os trabalhos dele teriam muito menos valor comercial).

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