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Realidade virtual e consoles renovados são destaque em feira de games

11/06/2016 08h31

Violeta Molina Gallardo

Los Angeles, 11 jun (EFE).- A realidade virtual e as renovações da atual geração de consoles despontam como protagonistas da Electronic Entertainment Exhibition (E3) de Los Angeles, que encara sua edição de 2016 com ausências notáveis que lhe obrigarão a repensar seu modelo no futuro.

A E3, reunião profissional da indústria de videogames mais importante do mundo, será realizada entre terça-feira (14) e quinta-feira (16) no Centro de Convenções de Los Angeles.

Na jornada prévia ao início da feira, Microsoft e Sony revelarão em conferências suas cartas para o futuro do lazer interativo. Também as editoras Electronic Arts e Ubisoft publicarão seus projetos antes que a E3 abra suas portas na terça-feira.

As principais novidades do Xbox em 2016, segundo analistas e imprensa especializada, serão duas versões melhoradas do consoles One. A Sony já confirmou que trabalha em um modelo de PlayStation 4 com resolução 4k.

As companhias tecnológicas também farão anúncios relacionados com a realidade virtual: se dá por feita uma aliança entre Xbox e Oculus e chegarão mais detalhes do PlayStation VR, que ainda saiu à venda.

Com os óculos Oculus Rift e HTC Vive já no mercado, serão vistos em Los Angeles muitos jogos novos para esta tecnologia imersiva pela qual quase todo o setor aposta.

Quem por enquanto não se decantou pela realidade virtual é a Nintendo que, após ter adiado o lançamento de seu próximo e misteriosp console NX para 2017, participa da E3 com o game "The Legend of Zelda" -uma de suas marcas junto ao "Super Mario"- como prato forte.

Ainda na seção de jogos, os bélicos voltarão a ser os mais procurados por mais um ano, apesar de se tratar de um gênero bastante conservador. Se "Battlefield 1" será histórico com a I Guerra Mundial, "Call of Duty: Infinite Warfare" viajará ao futuro da guerra no espaço. "Gears of War 4" e "Titanfall 2" também nutrirão esta categoria.

Se alimentarão, como não em um evento promovido pela grande indústria, as sagas. "Mass Effect: Andromeda", "Watch Dogs 2", "Civilization VI", "Máfia 3", "Final Fantasy XV", "Fifa 17" e "Dishonored 2" são algumas das continuações que, depois da passagem pela E3, chegarão às lojas nos próximos meses.

Ainda é uma incógnita se nesta feira haverá notícias de "God of War", "Last of Us", "Crash Bandicoot" e do primeiro jogo de Hideo Kojima fora da Konami, projetos muito esperados pelo público.

Mas a surpresa da E3, há anos, fica por parte dos desenvolvedores independentes com seus títulos alternativos, arriscados e desconhecidos. Dentro do evento, o festival Indiecade mostra dezenas de títulos que nada têm a ver com as superproduções das grandes editoras.

A E3, uma feira para profissionais que começou em 1995, foi historicamente a reunião mais relevante da indústria do videogame, o lugar eleito para mostrar as principais novidades do ano, mas sua relevância começa a ser ameaçada.

Há vários anos que Nintendo não realiza uma conferência em Los Angeles -transmite suas novidades por "streaming"- e neste ano nem a Activision e nem a Electronic Arts (EA) exporão dentro do centro de convenções.

A EA organizou um evento paralelo aberto ao público, da mesma forma que a editora independente Devolver Digital.

Na era do YouTube, da comunicação sem intermediários, estas ausências notórias obrigarão os organizadores a ser perguntar se faz sentido organizar um evento orientado aos negócios que deixe os consumidores de fora..