Topo

Banksy dá mural de "presente" e surpreende crianças de escola primária

O mural pintado por Banksy de presente para alunos de escola primária em Bristol - Dylan Martinez/Reuters
O mural pintado por Banksy de presente para alunos de escola primária em Bristol Imagem: Dylan Martinez/Reuters

De Londres (Inglaterra)

06/06/2016 13h57

Os responsáveis de um colégio primário em Bristol (no sudoeste da Inglaterra) descobriram nesta segunda-feira (6) que Banksy pintou um mural em uma de suas paredes como presente para os alunos.

O misterioso artista, que nunca revelou sua verdadeira identidade, aproveitou o início das férias escolares dos britânicos na semana passada para executar sua obra, na qual aparece a figura de uma menina rodando um pneu incendiado.

"Por favor, aceitem esta pintura. Se não gostarem, não me importarei em acrescentar coisas, tenho certeza que os professores não se importarão também", escreveu Banksy em carta que foi achada por um dos funcionários do colégio Bridge Valley School.

O grafiteiro agradece na carta que a escola tenha batizado com seu nome um de seus edifícios após realizar uma votação entre os alunos e dá um conselho às crianças: "Lembrem-se, sempre é mais fácil conseguir que lhes perdoem do que conseguir que lhes deem permissão".

O diretor da escola, Geoff Mason, afirmou que sua intenção é conservar o mural onde Banksy pintou e que "não há planos de vendê-lo".

"Quando cheguei, encontrei este belo mural pintado por Banksy. Acho fantástico que Banksy, uma pessoa tão famosa, tenha escolhido nossa escola para fazer isto", declarou Mason.

"Foi uma surpresa incrível, estou emocionado", explicou o diretor, que relatou como o colégio enviou uma carta ao artista para comunicar que tinham utilizado seu nome em um edifício, mas que não esperavam uma resposta como esta.

Muitos dos murais pintados por Banksy em ruas de Londres e outras cidades inglesas foram vendidos ou leiloados por centenas de milhares de libras.

Entre outras obras, a firma Sincura Group oferece o mural "Slave Labour" ("Trabalho de escravos"), que foi retirado em fevereiro de um muro no distrito de Wood Green, no norte da capital britânica, por um preço mínimo de 900 mil libras, o equivalente a R$ 4,5 milhões.