Pesquisador afirma que Colombo era de origem polonesa e se chamava Segismundo
Jairo Mejía.
Washington, 21 mai (EFE).- Manuel Rosa passou 25 anos pesquisando sobre a figura de Cristóvão Colombo que, segundo assegura, era um nobre português de ascendência polonesa cuja intenção inicial não era descobrir a América, mas realizar uma complexa conspiração para afastar a Espanha das rentáveis rotas comerciais africanas.
Segundo Rosa, o verdadeiro nome do navegador era Segismundo Henrique, filho de um derrotado rei da região onde atualmente estão localizadas a Polônia e Lituânia que encontrou refúgio e anonimato na Ilha da Madeira, e que manteve uma relação próxima com a realeza portuguesa.
"Tudo começou com uma dúvida: Como Colombo, um mercador italiano sem dinheiro, pôde se casar com uma nobre portuguesa (Filipa Moniz) com a permissão expressa do rei? Isso era praticamente impossível no século XV", declarou Rosa em entrevista à Agência Efe.
Esse raciocínio levou o pesquisador luso-americano a um trabalho de pesquisa que recopila agora no livro "Colombo. A história nunca contada", que apresentou nesta sexta-feira na Xavier University de Cincinnati (Ohio).
A edição mais extensa do livro, publicado originalmente em 2009, revela pela primeira vez, baseando-se em símbolos heráldicos e coincidências históricas, o que o pesquisador considera como a identidade verdadeira de Colombo: filho de Wladyslaw III, rei cristão derrotado em 1444 pelo exército Otomano na Batalha de Varna.
"O que descobri muda 500 anos de história: Colombo não era genovês, não tinha intenção de descobrir a América e foi um espião na corte com o álibi de sair de Portugal por medo de ser executado por traição ao rei", explicou o pesquisador.
O príncipe Segismundo morreu, segundo crônicas da época, em um acidente marítimo precisamente nas mesmas datas onde a história registra o surgimento em Portugal de um náufrago genovês conhecido pelo nome de Cristóvão Colombo.
Segundo o estudo, essa história serviu para transformar Colombo em um agente secreto a serviço da coroa portuguesa, inimiga dos reis católicos, que conheciam a verdadeira identidade do navegante, mas não suas reais intenções.
Manuel Rosa apresenta como prova que Colombo era um espião português uma carta encontrada nos arquivos de seus descendentes na qual o rei João II lhe trata como "nosso amigo especial em Sevilha".
A missão do navegador era tentar iludir Isabel com a ideia de abrir uma rota em direção às Índias (Cipango ou Japão) para manter os espanhóis distantes do litoral de Guiné, onde os portugueses comercializavam o ouro.
O plano inicial era que a Espanha se ocupasse de explorar terras remotas e deixasse livres as rotas mais benéficas para os portugueses e o almirante se transformasse em vice-rei e instigasse uma rebelião de todas as colônias contra a coroa espanhola, deixando fora de jogo a Coroa de Castilla e o Reino de Aragón.
No entanto, o planejamento não funcionou como estava previsto. O herdeiro de João de Portugal morreu antes de poder reivindicar por direito matrimonial o trono espanhol, e após a morte do rei, seu primo Manuel ocupou o trono luso, tendo boa relação com a coroa espanhola.
Colombo caiu em desgraça e manteve até a morte sua falsa identidade, já que a verdadeira era conhecida apenas por sua família e alguns cortesões e reis, que mantiveram o segredo que o ligava, não somente aos nobres portugueses, mas com o trono da Polônia.
"Foi um dos segredos mais bem guardados da história. Foram necessários 500 anos para ele ter sido revelado", comentou Rosa, o único pesquisador que mantém esta teoria da linhagem báltica de Colombo, que se baseia entre outras coisas em que o navegador era loiro de olhos azuis.
Na opinião de Rosa, Colombo deixou espalhados em seus documentos e objetos pessoais símbolos de suas verdadeiras origens, como um brasão com valores quase idênticos aos da Dinastia Jaguelônica da Polônia ou o uso de uma águia similar ao da família real polonesa. EFE
jmr/phg/rsd
(foto)
Washington, 21 mai (EFE).- Manuel Rosa passou 25 anos pesquisando sobre a figura de Cristóvão Colombo que, segundo assegura, era um nobre português de ascendência polonesa cuja intenção inicial não era descobrir a América, mas realizar uma complexa conspiração para afastar a Espanha das rentáveis rotas comerciais africanas.
Segundo Rosa, o verdadeiro nome do navegador era Segismundo Henrique, filho de um derrotado rei da região onde atualmente estão localizadas a Polônia e Lituânia que encontrou refúgio e anonimato na Ilha da Madeira, e que manteve uma relação próxima com a realeza portuguesa.
"Tudo começou com uma dúvida: Como Colombo, um mercador italiano sem dinheiro, pôde se casar com uma nobre portuguesa (Filipa Moniz) com a permissão expressa do rei? Isso era praticamente impossível no século XV", declarou Rosa em entrevista à Agência Efe.
Esse raciocínio levou o pesquisador luso-americano a um trabalho de pesquisa que recopila agora no livro "Colombo. A história nunca contada", que apresentou nesta sexta-feira na Xavier University de Cincinnati (Ohio).
A edição mais extensa do livro, publicado originalmente em 2009, revela pela primeira vez, baseando-se em símbolos heráldicos e coincidências históricas, o que o pesquisador considera como a identidade verdadeira de Colombo: filho de Wladyslaw III, rei cristão derrotado em 1444 pelo exército Otomano na Batalha de Varna.
"O que descobri muda 500 anos de história: Colombo não era genovês, não tinha intenção de descobrir a América e foi um espião na corte com o álibi de sair de Portugal por medo de ser executado por traição ao rei", explicou o pesquisador.
O príncipe Segismundo morreu, segundo crônicas da época, em um acidente marítimo precisamente nas mesmas datas onde a história registra o surgimento em Portugal de um náufrago genovês conhecido pelo nome de Cristóvão Colombo.
Segundo o estudo, essa história serviu para transformar Colombo em um agente secreto a serviço da coroa portuguesa, inimiga dos reis católicos, que conheciam a verdadeira identidade do navegante, mas não suas reais intenções.
Manuel Rosa apresenta como prova que Colombo era um espião português uma carta encontrada nos arquivos de seus descendentes na qual o rei João II lhe trata como "nosso amigo especial em Sevilha".
A missão do navegador era tentar iludir Isabel com a ideia de abrir uma rota em direção às Índias (Cipango ou Japão) para manter os espanhóis distantes do litoral de Guiné, onde os portugueses comercializavam o ouro.
O plano inicial era que a Espanha se ocupasse de explorar terras remotas e deixasse livres as rotas mais benéficas para os portugueses e o almirante se transformasse em vice-rei e instigasse uma rebelião de todas as colônias contra a coroa espanhola, deixando fora de jogo a Coroa de Castilla e o Reino de Aragón.
No entanto, o planejamento não funcionou como estava previsto. O herdeiro de João de Portugal morreu antes de poder reivindicar por direito matrimonial o trono espanhol, e após a morte do rei, seu primo Manuel ocupou o trono luso, tendo boa relação com a coroa espanhola.
Colombo caiu em desgraça e manteve até a morte sua falsa identidade, já que a verdadeira era conhecida apenas por sua família e alguns cortesões e reis, que mantiveram o segredo que o ligava, não somente aos nobres portugueses, mas com o trono da Polônia.
"Foi um dos segredos mais bem guardados da história. Foram necessários 500 anos para ele ter sido revelado", comentou Rosa, o único pesquisador que mantém esta teoria da linhagem báltica de Colombo, que se baseia entre outras coisas em que o navegador era loiro de olhos azuis.
Na opinião de Rosa, Colombo deixou espalhados em seus documentos e objetos pessoais símbolos de suas verdadeiras origens, como um brasão com valores quase idênticos aos da Dinastia Jaguelônica da Polônia ou o uso de uma águia similar ao da família real polonesa. EFE
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